Orbán desafia a UE com visitas polêmicas a Moscou e Pequim

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Por João Silva
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Bandeiras da Hungria e da UE com nuvens de tempestade se formando

São PauloO primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, está sob críticas por suas recentes reuniões com os presidentes russo, Vladimir Putin, e chinês, Xi Jinping. Essas ações geraram polêmica na Europa, especialmente porque a Hungria atualmente lidera a União Europeia. Críticos afirmam que as decisões de Orbán estão enfraquecendo a posição unificada da UE em questões importantes, como a guerra na Ucrânia.

Na semana passada, Orbán encontrou-se com Putin em Moscou, tornando-se o primeiro líder da UE a visitar a Rússia desde a invasão da Ucrânia em 2022. Ele também se reuniu com Xi Jinping em Pequim. Esses encontros não foram informados aos parceiros da UE, gerando descontentamento entre os países europeus. Algumas nações estão cogitando boicotar reuniões informais da UE em Budapeste.

  • Visita de Orbán a Moscou é a primeira de um líder da UE desde 2022.
  • Críticos afirmam que suas ações prejudicam a unidade da UE.
  • Suécia, Finlândia e países bálticos podem boicotar reuniões em Budapeste.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, criticou Orbán, afirmando que, como líder da presidência da UE, ele deveria agir de maneira imparcial. Kristersson acusou Orbán de usar sua posição para benefício próprio. Péter Krekó, do think tank Political Capital em Budapeste, também condenou a postura de Orbán, classificando-a como prejudicial.

A União Europeia está retendo mais de 20 bilhões de dólares em fundos destinados à Hungria devido a preocupações com a democracia e a corrupção no país. As ações recentes de Orbán só pioram a situação, isolando-o ainda mais dos parceiros ocidentais, que acreditam que ele não está apoiando os esforços da UE e da OTAN, especialmente em relação à Ucrânia.

Orbán surpreendeu os líderes ocidentais com seus laços estreitos com Putin, especialmente após a invasão em grande escala da Ucrânia, que gerou maior preocupação. Ele também apoiou abertamente investimentos chineses, distanciando-se do plano da UE de reduzir a influência de Pequim.

Um diplomata da UE afirmou que muitos países europeus estão preocupados com as ações de Orbán em sua autointitulada 'missão de paz'. Essa incerteza está deixando os membros da UE apreensivos. O ministro dos Assuntos Europeus da Hungria, János Bóka, tentou acalmar a situação ao dizer que não havia planos oficiais de boicote. No entanto, o primeiro-ministro sueco anunciou que ministros da Suécia, Finlândia e dos países bálticos não participarão de reuniões informais em Budapeste.

Donald Trump manifestou apoio a Orbán nas redes sociais e pediu negociações de paz. No entanto, dentro da UE e da OTAN, muitos estão perdendo a paciência. Eles veem as ações de Orbán como prejudiciais e acreditam que ele está atrapalhando a unidade que essas organizações procuram manter.

Os recentes encontros privados de Orbán com Putin e Xi, juntamente com suas ações durante a presidência da Hungria na UE, agravaram a divisão entre Budapeste e o restante da Europa. Suas 'missões de paz' estão dificultando a capacidade da UE de apresentar unidade em questões globais importantes.

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