Estudo revela como exercícios combatem a depressão: novas descobertas sobre inflamação e dopamina

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Por Alex Morales
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Equipamento de exercício com ícones de dopamina crescente e inflamação diminuindo.

São PauloPesquisadores da UCL estudaram como o exercício físico ajuda a reduzir a depressão. Esse problema é comum, afeta muitas pessoas e prejudica funções cerebrais como aprendizado e memória. Embora se saiba que exercícios aeróbicos ajudam, as razões não eram claras. Agora, os pesquisadores da UCL propõem uma nova explicação para esses benefícios. Eles analisaram diversos estudos e identificaram processos cruciais envolvidos.

Principais Pontos:

  • Depressão está associada à inflamação elevada.
  • A inflamação prejudica a transmissão de dopamina.
  • Isto resulta em redução da motivação.
  • Exercícios físicos diminuem a inflamação e melhoram a função da dopamina.
  • Com melhor transmissão de dopamina, a motivação aumenta.

Pesquisadores acreditam que a inflamação e a dopamina são essenciais para entender a depressão. A inflamação é a resposta do corpo a lesões ou doenças, mas também pode afetar o cérebro e agravar a depressão. Problemas com a dopamina prejudicam a motivação. Pessoas deprimidas frequentemente apresentam baixa energia e não sentem prazer, uma condição conhecida como anedonia.

Exercícios podem ajudar a combater esses problemas. Atividades como corrida ou ciclismo podem reduzir a inflamação. Elas também aumentam os níveis de dopamina, o que pode tornar as pessoas mais motivadas a se esforçar. Essa motivação melhorada pode ajudar a diminuir os sintomas da depressão. A Dra. Emily Hird, da UCL, afirma que essas mudanças biológicas são importantes para os efeitos antidepressivos do exercício.

Outros benefícios do exercício:

  • Reduz o estresse oxidativo.
  • Melhora a autoestima.
  • Aumenta a autoconfiança.

Esses fatores contribuem para o bem-estar geral e a recuperação da depressão. Com essas informações, é possível criar planos de exercícios personalizados. Compreender esses métodos pode resultar em tratamentos mais eficazes. A prescrição social e rotinas de exercícios personalizadas podem oferecer novas formas de lidar com a depressão.

Cientistas conduzem um grande estudo com 250 participantes para testar sua hipótese. Eles desejam observar como a atividade física influencia a inflamação, a dopamina e a motivação. A Dra. Hird ressalta que é crucial eliminar barreiras para o exercício. Pessoas com depressão frequentemente enfrentam dificuldades para se manterem ativas, por isso encontrar maneiras de incentivar a prática de exercícios é fundamental para uma melhor saúde mental.

Compreender como o exercício beneficia a saúde pode resultar em novos tratamentos. São necessários grandes ensaios clínicos randomizados para confirmar esses resultados. Se forem eficazes, essa pesquisa pode transformar o tratamento da depressão. O estudo contou com financiamento do Wellcome Mental Health Award e do Rosetrees Trust. Essas descobertas podem levar a tratamentos personalizados.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s41398-024-02922-y

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

E. J. Hird, A. Slanina-Davies, G. Lewis, M. Hamer, J. P. Roiser. From movement to motivation: a proposed framework to understand the antidepressant effect of exercise. Translational Psychiatry, 2024; 14 (1) DOI: 10.1038/s41398-024-02922-y
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