NATO e parceiros asiáticos reforçam laços contra a influência chinesa

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Por Ana Silva
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Bandeiras dos países da OTAN e asiáticos sobre o mapa.

São PauloOs Estados Unidos estão tentando reunir seus aliados europeus e asiáticos, além de outros parceiros internacionais, para conter a influência da China. O principal diplomata norte-americano descreveu isso como sua nova estratégia.

À medida que a competição entre Estados Unidos e China se intensifica, países com preocupações de segurança semelhantes estão se aproximando. Os EUA buscam minimizar o desafio da China à sua liderança global. Já a China interpreta essa situação como uma tentativa de frear seu progresso.

Pequim ficou irritada ao saber que a OTAN e seus quatro parceiros do Indo-Pacífico planejavam emitir um documento sobre como lidar juntos com ciberataques e desinformação. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que a OTAN estava ultrapassando seus limites e aumentando as tensões.

A guerra na Ucrânia tornou mais crucial a colaboração entre os EUA, Europa e seus aliados asiáticos. O Primeiro-Ministro japonês, Fumio Kishida, disse ao Congresso dos Estados Unidos que o que está acontecendo na Ucrânia pode ocorrer no Leste Asiático no futuro. A Coreia do Sul e o Japão estão enviando suprimentos militares e ajuda para a Ucrânia. Além disso, os EUA afirmam que a China está fornecendo materiais à Rússia para a fabricação de armas.

Presidente Sul-Coreano viajará a Washington para discutir pactos militares entre Rússia e Coreia do Norte

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, irá a Washington para debater as relações militares entre Rússia e Coreia do Norte e formas de fortalecer parcerias entre a OTAN e a região do Indo-Pacífico. O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, afirmou que as conversas se concentrarão em apoiar as regras internacionais.

A OTAN colabora com seus quatro parceiros do Indo-Pacífico para enfrentar questões comuns. Eles podem compartilhar informações e coordenar ações, como sanções e ajuda. No entanto, a OTAN não se envolverá em crises militares fora de suas áreas.

O próximo encontro da OTAN auxiliará os Estados Unidos e seus aliados a enfrentar as ameaças provenientes da China, Rússia, Coreia do Norte e Irã. Luis Simon, da Vrije Universiteit Brussel, acredita que a força militar dos EUA oferece uma vantagem sobre os esforços combinados desses quatro países.

Pequim vê com preocupação a aproximação da OTAN às suas fronteiras. Zhu Feng, da Universidade de Nanjing, afirmou que a aliança deve considerar a China como uma influência positiva para a paz e a estabilidade na região. Ele rejeitou a ideia de reativar antigas alianças com a Rússia e a Coreia do Norte, defendendo uma maior cooperação entre Europa, EUA e China.

A relação entre a OTAN e a China era tranquila até 2019, quando as tensões entre Pequim e Washington aumentaram. Naquele ano, a OTAN passou a considerar a China como um "desafio". Em 2021, a percepção mudou para "desafio sistêmico" devido às ligações militares da China com a Rússia. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, líderes do Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia participaram de uma cúpula da OTAN pela primeira vez.

China acusa OTAN e EUA de tentações expansionistas

A China acusou a OTAN de colaborar com os EUA para reprimi-la. Pequim está preocupada que Washington esteja criando uma aliança similar à OTAN no Indo-Pacífico. Essa preocupação foi mencionada durante a cúpula de segurança Shangri-la Dialogue em Singapura, quando o Coronel Sênior Cao Yanzhong questionou o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

Austin mencionou que os EUA estão colaborando com países que compartilham valores e objetivos semelhantes para um Indo-Pacífico livre e aberto. Contudo, o Tenente-general Jing Jianfeng argumentou que a estratégia dos EUA para a região visa construir uma grande aliança, semelhante à OTAN, para manter sua hegemonia.

Pontos principais:

Ucrânia ataca refinarias russas de petróleo, enquanto Moscou afirma defesa naval bem-sucedida.

  • Liderança dos EUA promove unificação
  • Alianças fortalecidas por preocupações de segurança comuns
  • Guerra na Ucrânia impulsiona cooperação
  • Nova parceria entre OTAN e Indo-Pacífico
  • Preocupações com estratégias dos EUA no Indo-Pacífico

Essas mudanças destacam a evolução das parcerias globais.

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