Macron dissolve parlamento francês e convoca eleição após derrota na UE

São PauloEmmanuel Macron decidiu dissolver o parlamento francês e convocar eleições antecipadas. Esta decisão ocorre após a derrota nas recentes eleições europeias. Macron, que ainda tem três anos de mandato como presidente, acredita na democracia e deseja que o público possa expressar sua opinião.

Macron declarou que em breve detalhará seus planos para o país. Ele reconheceu as preocupações da população e prometeu resolvê-las.

Nas eleições legislativas de 2022, o partido centrista de Macron conquistou o maior número de cadeiras, mas não obteve a maioria na Assembleia Nacional. Isso dificulta a aprovação de leis e exige mais negociações entre os parlamentares. A eleição antecipada é arriscada e pode aumentar as chances de Marine Le Pen ganhar poder. Se um partido de oposição conseguir a maioria, Macron poderá ter que compartilhar o poder e nomear um primeiro-ministro com visões diferentes.

Marine Le Pen, líder do partido Reunião Nacional na Assembleia Nacional, ficou satisfeita com a escolha de Macron.

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23 de agosto de 2024 · 13:11

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Aqui está o que ela declarou:

• Estamos prontos para exercer o poder se os franceses confiarem em nós nas próximas eleições legislativas.
• Estamos prontos para transformar o país.
• Estamos prontos para defender os interesses dos franceses.
• Estamos prontos para acabar com a imigração em massa.
• Estamos prontos para fazer do poder de compra dos franceses uma prioridade.

Le Pen terminou em segundo lugar atrás de Macron nas duas últimas eleições presidenciais. O principal candidato do partido Reunião Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu, Jordan Bardella, focou em restringir a movimentação de migrantes. Bardella também prometeu implementar controles nacionais nas fronteiras e reduzir as regulações climáticas da UE. Embora o partido já não busque sair da UE e do euro, seu objetivo é enfraquecer a UE de dentro.

Bardella afirmou que os resultados eleitorais mostram que o povo francês quer mudança. Ele destacou que Macron agora é um presidente mais enfraquecido. Um funcionário do gabinete de Macron explicou que a decisão de dissolver a Assembleia Nacional se deve ao bom desempenho da extrema direita nas eleições da UE. O funcionário acrescentou que o desempenho expressivo da extrema direita não poderia ser ignorado, e a situação atual no parlamento é caótica.

As ações recentes de Macron podem resultar em mudanças políticas no país. As próximas eleições legislativas determinarão a distribuição do poder na França. Este é um momento crucial tanto para Macron quanto para seus opositores. Todos estão atentos para ver qual decisão o público francês tomará.