Escândalo de fraude: parente do rei preso em esquema milionário

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Por Chi Silva
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Gráfico de mercado de ações com algemas e símbolos de dinheiro

São PauloAutoridades federais prenderam Federico Nannini, consultor da MasTec, seu pai Mauro Nannini, seu amigo Thermiotis e o associado Tonarely por um esquema de insider trading de $1 milhão. A Comissão de Valores Mobiliários (SEC) também entrou com uma ação civil contra eles no tribunal federal de Miami. Os quatro suspeitos compareceram pela primeira vez ao tribunal na sexta-feira.

Em junho de 2022, surgiu um plano em que a MasTec pretendia adquirir a Infrastructure and Energy Alternatives (IEA), uma empresa de Indiana. Federico Nannini, que ajudava a MasTec nessa aquisição, compartilhou informações confidenciais sobre o acordo com seu pai, Mauro, e seu amigo, Thermiotis. Federico, Thermiotis e Tonarely estudaram juntos na Gulliver Preparatory School, em Pinecrest, Flórida, evidenciando a forte ligação entre eles.

Cronologia de Ações e Colaborações dos Indiciados Revela Detalhes Cruciais:

De acordo com a acusação, a sequência de ações e colaborações entre os acusados é esclarecedora:

  • Mauro Nannini comprou ações da IEA logo após seu filho receber informações privilegiadas sobre a aquisição da MasTec.
  • Thermiotis, por sua vez, compartilhou essas informações privilegiadas com Tonarely.
  • Federico continuou atualizando seu pai e Thermiotis sobre o progresso do acordo.
  • Quando os planos de aquisição pareceram incertos em julho de 2022, Mauro vendeu suas ações, apenas para comprá-las novamente quando novos detalhes confidenciais promissores surgiram.
  • A venda final das ações ocorreu em 25 de julho de 2022, gerando lucros quando a aquisição da MasTec foi anunciada publicamente.

A acusação revela um esquema complexo de comunicação e negociações baseadas em informações confidenciais. As consequências legais para os envolvidos são graves. Uma condenação por conspiração para cometer fraude de valores mobiliários pode resultar em até cinco anos de prisão, e as acusações adicionais de fraude de valores mobiliários podem levar a penas de 20 a 25 anos de reclusão.

Este caso demonstra a meticulosidade de organizações como a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) em detectar fraudes e garantir a integridade do mercado. Também evidencia os riscos enfrentados por aqueles que tentam praticar atos ilegais, acreditando que podem escapar da vigilância de especialistas jurídicos e financeiros.

O caso destaca as iminentes batalhas legais sobre o uso indevido de informações confidenciais e as graves consequências que podem advir. Reafirma que, mesmo aqueles ligados à realeza não estão acima das leis federais destinadas a manter a justiça nos mercados financeiros. Esse escândalo pode impactar a governança corporativa e a forma como as empresas lidam com informações privadas no futuro. Os réus podem enfrentar punições severas que afetem suas vidas pessoais e levantem questões sobre os deveres éticos de quem tem acesso a dados financeiros sensíveis.

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