Comissário francês renuncia sob pressão de Ursula von der Leyen
São PauloUm Comissário francês da UE renunciou após um desentendimento com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Essa situação ilustra os desafios contínuos entre os líderes da UE, enquanto von der Leyen busca promover mais igualdade de gênero na Comissão.
Von der Leyen, ao planejar seu segundo mandato, pediu a cada país que indicasse um homem e uma mulher para o cargo de comissário de políticas. No entanto, a maioria dos países nomeou apenas uma pessoa, geralmente um homem. Isso colocou muita pressão sobre os países menores para que mudem suas escolhas.
Recentemente, o principal candidato masculino da Eslovênia renunciou para que uma mulher pudesse ser indicada em seu lugar. Muitos acreditam que essa decisão foi influenciada por von der Leyen para manter o equilíbrio de gênero. No entanto, isso gerou algumas discordâncias dentro da comissão, com alguns acusando a ação de ser uma jogada política.
Comissário francês Thierry Breton afirmou que foi influenciado por questões políticas internas. Ele alegou que von der Leyen pediu à França para retirar seu nome sem falar diretamente com ele. Em troca, a França teria recebido a promessa de um papel mais importante na próxima comissão. A carta de renúncia de Breton sugeria motivos pessoais para sua retirada, o que ele negou.
Principais Pontos de Discussão:
- Esforços de Von der Leyen pela igualdade de gênero
- Pressão sobre países menores para alterarem suas indicações
- Retirada do candidato masculino da Eslovênia em favor de uma mulher
- Acusações de compensações políticas e falta de transparência
President Emmanuel Macron precisará escolher um novo candidato após a renúncia. O gabinete de Macron ainda não se manifestou sobre o assunto. Este não é o primeiro desentendimento entre Breton e a comissão. No mês passado, Breton advertiu Elon Musk nas redes sociais sobre conteúdo prejudicial, sem a aprovação de von der Leyen.
O estilo autoritário de Breton desagradou a muitos, e sua demissão pode ser vista como uma vitória para aqueles que desejam que a comissão siga mais rigorosamente a tomada de decisões coletiva. Esta situação também destaca o desafio contínuo de equilibrar a igualdade de gênero com a viabilidade política, uma tarefa que von der Leyen ainda enfrenta.
A renúncia revela a complexa política interna dentro da Comissão Europeia. Cargos cobiçados como o de comércio e finanças estão em jogo, gerando uma intensa competição. Essa situação destaca os desafios que Von der Leyen enfrenta ao tentar liderar a comissão em seu segundo mandato, mantendo a unidade e o equilíbrio.
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