Receptores de quimiocinas aprimoram terapia de células CAR T para osteossarcoma infantil no St. Jude
São PauloA terapia com células CAR-T está sendo desenvolvida para tratar o osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo comum em crianças e adolescentes. Pesquisadores do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude avançaram ao melhorar a orientação das quimiocinas que guiam as células T, tornando a terapia mais eficaz. Essa orientação é crucial para direcionar as células T aos tumores, o que é fundamental para tratamentos mais eficazes com CAR-T.
Pesquisadores analisaram como as quimiocinas e seus receptores influenciam esse processo. Quimiocinas são proteínas liberadas pelas células para atrair células imunológicas. O estudo revelou que o osteossarcoma libera duas quimiocinas importantes, CXCL8 e CXCL16, mas as células CAR T não possuem os receptores necessários para responder a essas proteínas. Isso limita a eficácia da terapia.
Principais Descobertas:
- O estudo identificou CXCL8 e CXCL16 como quimiocinas críticas no osteossarcoma
- Células CAR T foram modificadas para expressar os receptores CXCR2 e CXCR6
- As células CAR T modificadas mostraram melhora na movimentação e direcionamento
Células CAR T foram modificadas para incluir receptores CXCR2 ou CXCR6, correspondendo a certos quimiocinas. Essa modificação ajudou as células T a alcançarem e penetrarem o osteossarcoma de forma mais eficaz. Embora essa alteração não tenha aumentado significativamente a capacidade de matar tumores, tornou as células T mais precisas e reduziu os danos colaterais.
Em testes iniciais com animais, as células CAR T modificadas sobreviveram por mais tempo do que as células normais. Isso significa que uma melhor capacidade de direcionamento pode ajudar a tratar o osteossarcoma metastático de forma mais eficaz. No entanto, são necessárias mais pesquisas para aperfeiçoar esses tratamentos antes que sejam testados em humanos.
Melhorar a orientação dos quimiocinas para as células CAR-T pode aprimorar essa terapia para crianças com tumores sólidos. Esses tumores são resistentes e de difícil acesso, por isso a orientação eficaz é crucial. Uma orientação aprimorada facilita que as células T encontrem os tumores e mantenham o ataque de forma contínua.
Mais pesquisas são necessárias para transformar esses resultados em ensaios clínicos. Agora, os pesquisadores estão trabalhando em conectar as descobertas de laboratório com tratamentos reais para pacientes. Os primeiros ensaios clínicos irão testar a eficácia desse método no tratamento de osteossarcoma.
Desenvolvimento Promissor na Luta contra o Osteossarcoma com Células CAR-T
Modificar as células CAR-T para atacar o osteossarcoma de maneira mais eficiente é um desenvolvimento promissor. Cientistas identificaram sinais importantes e adicionaram receptores às células T que correspondem a esses sinais. Isso proporciona um direcionamento mais preciso e melhores resultados em testes iniciais. O próximo passo é testar essas descobertas em ambientes clínicos para avaliar seu potencial real.
O estudo é publicado aqui:
http://dx.doi.org/10.1158/1078-0432.CCR-23-3298e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Lindsay J. Talbot, Ashley Chabot, Aaron B. Ross, Alexandra Beckett, Phuong Nguyen, Andrew Fleming, Peter J. Chockley, Heather Sheppard, Jian Wang, Stephen Gottschalk, Christopher DeRenzo. Redirecting B7-H3.CAR T cells to Chemokines Expressed in Osteosarcoma Enhances Homing and Antitumor Activity in Preclinical Models. Clinical Cancer Research, 2024; DOI: 10.1158/1078-0432.CCR-23-3298Compartilhar este artigo