Egito e UE se unem para revitalizar a economia do Cairo

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Por João Silva
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Bandeiras da União Europeia e do Egito com símbolos econômicos.

São PauloEgito e UE realizam conferência para enfrentar crise econômica

O Egito e a União Europeia promoveram uma conferência de investimentos para ajudar Cairo a lidar com a inflação e a crise de moeda estrangeira. Durante o evento, foram assinados vários acordos focados em empregos, fabricação de vacinas, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável.

Principais acordos assinados:

  • Investimentos no valor de 40 bilhões de euros (US$ 42,8 bilhões)
  • Acordos de cooperação bilateral com a União Europeia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a parceria fortalecida entre o Egito e a União Europeia. Ela afirmou que já houve muitos avanços nos primeiros 100 dias. Von der Leyen também ressaltou a importância dos investimentos tanto governamentais quanto do setor privado.

Egito implementa reformas econômicas desde 2016 para obter empréstimos do FMI. Essas medidas incluem flexibilizar o valor da moeda local, reduzir subsídios governamentais em itens essenciais, cortar investimentos públicos e estimular negócios privados. Recentemente, o Egito tornou a flexibilizar sua moeda e aumentou significativamente a taxa de juros principal em março. Atualmente, o dólar americano vale mais de 47 libras, em comparação com cerca de 31 libras anteriormente.

As novas políticas econômicas visam reduzir a inflação e atrair investimentos estrangeiros, além de atender aos requisitos do FMI para aumentar o empréstimo de resgate ao Egito de US$ 3 bilhões para US$ 8 bilhões. No entanto, essas políticas têm provocado dificuldades para muitos egípcios devido ao aumento dos preços. Dados oficiais mostram que quase 30% dos egípcios vivem na pobreza.

Acordo de Investimento da UE Enfrenta Críticas por Direitos Humanos no Egito

O acordo de investimento da UE tem sido alvo de críticas de grupos de direitos humanos devido ao histórico negativo do Egito nessa área. Há uma preocupação crescente de que problemas econômicos e conflitos em países vizinhos possam aumentar o fluxo de migrantes para a Europa. Mais de doze organizações, como Human Rights Watch e Anistia Internacional, pediram à UE que condicione seu apoio financeiro a melhorias concretas e tempestivas nos direitos humanos no Egito.

As autoridades egípcias têm reprimido a oposição há mais de uma década. Organizações de direitos humanos têm instado os governos ocidentais a condicionarem a ajuda financeira à melhoria das condições de direitos humanos. Apesar desses problemas, o governo egípcio continua a priorizar suas reformas econômicas e parcerias.

A colaboração com a União Europeia é um passo fundamental para ajudar a resolver os problemas econômicos do Egito. Os investimentos significativos da Europa devem trazer ao país capital e conhecimento altamente necessários. Ainda é incerto se essas ações resultarão numa recuperação robusta da economia egípcia. Por ora, essa parceria representa uma nova fase nos esforços do Egito para estabilizar suas finanças e fomentar o crescimento.

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