China investiga exportações de laticínios da UE em meio à tensão comercial
São PauloMinistério do Comércio da China investiga exportações de laticínios da União Europeia
O Ministério do Comércio da China iniciou uma investigação sobre as exportações de laticínios da União Europeia (UE), aumentando as preocupações com as crescentes tensões comerciais entre essas duas grandes economias. Essa nova investigação segue outras anteriores sobre as exportações europeias de conhaque e carne suína. Essas ações parecem ser uma resposta à inspeção da UE sobre os subsídios chineses para veículos elétricos (VEs). As investigações mútuas em curso sugerem uma possível deterioração das relações comerciais.
A Câmara de Comércio da União Europeia na China expressou desapontamento com o aumento das medidas de defesa comercial tanto pela UE quanto pela China. Isso é preocupante para as empresas que dependem de relações comerciais estáveis entre as duas regiões. A declaração da Câmara demonstra preocupação não apenas com os produtores de laticínios, mas também com os impactos econômicos mais amplos.
Além disso, a China intensificou o conflito ao apresentar uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) em resposta às tarifas provisórias da UE sobre veículos elétricos fabricados na China. Essas tarifas são expressivas e variam conforme o fabricante:
- BYD enfrenta uma tarifa de 17%.
- Os carros da SAIC Motor são taxados em 36,3%.
- A Tesla, que exporta da China, tem uma tarifa de 9% pendente de revisão adicional.
Os efeitos vão além das perdas financeiras para as empresas afetadas. A investigação no setor de laticínios, por exemplo, pode revelar que a China pretende gradualmente concentrar-se em importantes indústrias da UE. Especialistas em comércio afirmam que essas ações podem prejudicar as regras do comércio global e desestabilizar as cadeias de abastecimento.
Regras em Ambas as Áreas Sob Análise
A União Europeia acredita que suas tarifas sobre veículos elétricos estão em conformidade com as regras da OMC e está se preparando para uma longa batalha jurídica. Caso a OMC encontre problemas nessas tarifas, a China pode retaliar com novas medidas, agravando ainda mais as tensões na relação.
A UE e a China estão se esforçando para recuperar suas economias após a pandemia, por isso essas mudanças são extremamente relevantes. Qualquer aumento nas tensões pode impactar não só o comércio entre esses dois gigantes, mas também os mercados globais. Investidores, empresários e governos ao redor do mundo estão atentos, conscientes de que agravamentos nas questões comerciais podem prejudicar a economia mundial.
Produtores de laticínios europeus, que já enfrentavam dificuldades devido a problemas comerciais anteriores, agora lidam com ainda mais incertezas. A UE precisa tomar decisões cuidadosas para proteger suas indústrias, evitando ao mesmo tempo mais retaliações da China. Os próximos meses serão decisivos para saber se essas tensões comerciais irão se aliviar ou agravar.
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