Químicos criam moléculas de plantas com potencial farmacêutico revolucionário

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Por Bia Chacu
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Moléculas de origem vegetal cercadas por símbolos farmacêuticos.

São PauloQuímicos do MIT desenvolveram uma nova técnica para criar moléculas complexas derivadas de plantas, o que pode resultar em novos antibióticos, analgésicos e tratamentos contra o câncer. Esses compostos, chamados oligocicloteptaminas, são formados por estruturas tricíclicas ligadas conhecidas como ciclotriptaminas. No passado, sua disponibilidade limitada na natureza e os métodos de síntese complicados impediram os cientistas de explorar totalmente seu potencial medicinal.

O novo método adiciona unidades à base de triptamina uma a uma, permitindo um controle preciso sobre a formação e orientação dos anéis. Alguns aspectos importantes dessa técnica são:

  • Montagem precisa de várias unidades de ciclotriptamina
  • Controle sobre a orientação 3D e a estereoquímica
  • Possibilidade de produzir quantidades confiáveis para estudo detalhado
  • Capacidade de criar novos derivados com propriedades aprimoradas

Há anos, criar oligociclostryptaminas maiores tem sido um desafio porque os átomos de carbono cercados por outros átomos são difíceis de ligar. Pesquisadores do MIT resolveram isso transformando os átomos de carbono em radicais livres e conectando-os usando um intermediário ligado ao nitrogênio. Quando iluminam o substrato com comprimentos de onda específicos, os átomos de nitrogênio são removidos, e os radicais de carbono reagem rapidamente. Esse método não apenas facilita a formação de ligações carbono-carbono como também garante a estrutura correta.

Radicais de carbono revolucionaram a síntese orgânica, tornando-a mais seletiva e eficiente. Essas técnicas permitiram aos cientistas criar compostos como a communensina a partir de fungos, possibilitando a exploração de produtos naturais cada vez mais complexos. O trabalho de Movassaghi com diazena tem sido especialmente significativo nesse campo.

Desenvolvimento de Compostos Complexos

A criação de moléculas com seis ou sete anéis conectados representa uma grande conquista. Com isso, os pesquisadores conseguem produzir quantidade suficiente desses compostos para estudar detalhadamente seus benefícios médicos. Além disso, o método é flexível, permitindo que os cientistas desenvolvam novas versões dessas moléculas, que podem ter propriedades medicinais aprimoradas.

Esta descoberta tem grandes implicações para a medicina. Produzir esses compostos de forma mais eficiente permite que os pesquisadores estudem como eles atuam no organismo e seu potencial para tratar doenças. Com maior oferta e novas versões, aumentam as chances de descobrir novos medicamentos.

Químicos do MIT descobriram novas formas de facilitar a obtenção e o uso de moléculas de origem vegetal para o desenvolvimento de medicamentos. Esses avanços estabelecem uma base sólida para futuras pesquisas e melhorias na medicina.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1021/jacs.4c07705

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Tony Z. Scott, Mohammad Movassaghi. Unified, Biosynthesis-Inspired, Completely Stereocontrolled Total Synthesis of All Highest-Order [n + 1] Oligocyclotryptamine Alkaloids. Journal of the American Chemical Society, 2024; DOI: 10.1021/jacs.4c07705
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