Líderes da ASEAN debatem crises de Mianmar e Mar do Sul

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Por Alex Morales
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Bandeiras dos países da ASEAN com mapa do Sudeste Asiático.

São PauloLíderes do Sudeste Asiático se reúnem no Laos para discutir questões regionais cruciais. O foco está no conflito contínuo em Mianmar e nas crescentes tensões no Mar do Sul da China. O primeiro-ministro do Laos, Sonexay Siphandone, abriu o encontro destacando a importância da cooperação entre os membros da ASEAN.

Novos líderes estão participando da cúpula pela primeira vez, incluindo Paetongtarn Shinawatra da Tailândia, que, com 38 anos, é o líder mais jovem do grupo, e Lawrence Wong de Cingapura. O presidente da Indonésia, Joko Widodo, não está presente; em seu lugar, o vice-presidente Ma’ruf Amin participa, o que é significativo, pois a Indonésia desempenha um papel crucial nas atividades da ASEAN. O novo Primeiro-Ministro do Japão, Shigeru Ishiba, também está realizando seu primeiro compromisso internacional neste fórum.

O Secretário de Estado, Antony Blinken, está presente representando os EUA no lugar do Presidente Joe Biden, enquanto o Primeiro-Ministro Li Qiang representa a China. Isso demonstra a importância vital da ASEAN na política mundial.

Questões principais em debate incluem:

  • O conflito contínuo em Mianmar e o fracasso do plano de paz da ASEAN.
  • As disputas no Mar do Sul da China envolvendo vários países da ASEAN e a China.
  • A disputa geopolítica entre manter laços regionais e alianças globais.

Resposta da ASEAN à crise em Mianmar é crucial para sua imagem. Os líderes militares do país não estão dispostos a resolver o conflito por meio de diálogo. Os Estados Unidos e outros grupos internacionais exigem que os combates cessem e que haja avanços concretos antes de se organizar qualquer eleição.

China tem adotado uma postura mais assertiva no Mar do Sul da China, aumentando as tensões com o Vietnã, as Filipinas e a Malásia. A ASEAN enfrenta o desafio de equilibrar os benefícios econômicos de cooperar com a China com a necessidade de proteger os territórios de seus países membros. O avanço nas negociações para estabelecer um código de conduta oficial com a China tem sido lento.

Observadores apontam que a ASEAN enfrenta dificuldades para agir de forma conjunta, pois seus países membros têm interesses nacionais distintos. Aqueles que não estão diretamente envolvidos em disputas com a China frequentemente valorizam mais seus laços econômicos com Pequim do que a unidade regional. Esse foco dificulta a criação de uma resposta forte e unificada aos desafios internacionais.

Os resultados da reunião ainda são incertos, mas o desfecho é crucial para a estabilidade da região e o papel da ASEAN.

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