Desvendando o mistério da formação rápida de planetas gigantes

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Por Alex Morales
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Ilustração de planetas se formando rapidamente no espaço.

São PauloPesquisadores da LMU desenvolveram um novo modelo que explica a formação de planetas gigantes como Júpiter. Esse modelo oferece melhores insights sobre a formação de planetas e pode aprimorar nossa compreensão dos sistemas planetários.

O sistema solar é composto pelo Sol no centro, seguido pelos planetas rochosos Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Depois vem o cinturão de asteroides, seguido pelos grandes planetas gasosos Júpiter e Saturno. Mais afastados estão os planetas de gelo Urano e Netuno, e por fim, o cinturão de Kuiper, que contém muitos cometas.

Teorias anteriores tiveram dificuldades para explicar por que gigantes gasosos são encontrados longe de suas estrelas ou como Urano e Netuno se formaram. Esses modelos mais antigos sugeriam que planetas gigantes se desenvolvem através de colisões e acúmulo de pequenas rochas espaciais e gás ao longo de milhões de anos.

Especialistas da LMU e do cluster ORIGINS desenvolveram um novo modelo que incorpora todos os processos físicos necessários para a formação de planetas. Este modelo demonstra que mudanças nos discos protoplanetários podem levar à rápida criação de vários gigantes gasosos. A proposta está de acordo com observações recentes e sugere que planetas podem se formar de maneira mais eficiente e rápida do que se pensava anteriormente.

Cientistas identificam condições ideais para formação de planetas

Pesquisadores descobriram que pequenas partículas de poeira se acumulam em discos de gás caóticos, criando condições favoráveis para a formação de planetas. Til Birnstiel, professor de astrofísica teórica na LMU, explicou que os planetas empurram a poeira para além de suas órbitas, promovendo ainda mais a formação de novos planetas.

Estudo Revela Formação de Planetas Distantes em Sistemas Jovens

A pesquisa revela que perturbações em sistemas estelares jovens podem iniciar a formação de planetas muito mais longe da estrela do que se esperava. Por exemplo, o observatório de rádio ALMA detectou planetas gigantes gasosos em sistemas estelares jovens a distâncias superiores a 200 unidades astronômicas. Esta descoberta corrobora as previsões do novo modelo.

O modelo revela por que nenhum outro planeta se formou após Netuno no nosso sistema solar – faltava material suficiente. Os resultados demonstram que a formação de planetas gigantes e gigantes gasosos ocorre de maneira mais rápida e fácil do que imaginávamos. Isso nos proporciona uma compreensão melhor de como esses planetas são formados e por que existem diferentes tipos de sistemas planetários.

Uma nova perspectiva sobre a formação dos planetas gigantes pode mudar tudo. Essa abordagem está em sintonia com o que observamos em sistemas planetários jovens, que apresentam padrões claros em seus discos. Esses padrões são essenciais para a formação dos planetas.

O estudo revela que partículas de poeira em um disco de gás perturbado ajudam os planetas a crescerem mais rapidamente. Isso ocorre porque a poeira cria um ambiente favorável para a formação planetária. À medida que os planetas se formam, eles alteram o disco de gás, levando ao acúmulo de mais poeira e à formação de novos planetas.

Este novo modelo revela como os planetas gigantes se desenvolvem e crescem, proporcionando uma compreensão mais detalhada sobre a formação de planetas em diversas regiões e condições.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1051/0004-6361/202450464

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Tommy Chi Ho Lau, Til Birnstiel, Joanna Drążkowska, Sebastian Markus Stammler. Sequential giant planet formation initiated by disc substructure. Astronomy & Astrophysics, 2024; 688: A22 DOI: 10.1051/0004-6361/202450464
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