Líder do UAW critica Stellantis por atraso na reabertura de fábrica

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Por Alex Morales
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Usina de Belvidere fechada com cartazes e faixas do UAW

São PauloLíder sindical da UAW critica Stellantis por adiamento na reabertura de fábrica em Illinois

Durante a recente Convenção Democrata, o líder da UAW, Sean Fain, fez duras críticas à montadora Stellantis por adiar a reabertura de uma fábrica em Belvidere, Illinois. A decisão gerou preocupação entre membros do sindicato e políticos.

Stellantis comunicou ao sindicato United Auto Workers (UAW) sobre seus planos de adiar vários projetos na fábrica de Belvidere, incluindo:

  • Não abrir um centro de distribuição de peças este ano
  • Suspender as operações de estamparia de metais até pelo menos 2025
  • Adiar a produção de uma caminhonete de médio porte para 2027

Fain afirmou que os atrasos violam o contrato da UAW de 2023 e podem se estender até 2028. Ele disse que a Stellantis age lentamente para evitar a reabertura da fábrica, culpando mudanças no mercado. Fain está preocupado com o comprometimento da empresa com os empregos na manufatura nos EUA e duvida das promessas futuras de negócios da Stellantis.

A Stellantis esclareceu que o contrato com o UAW permite mudanças em investimentos e empregos conforme as condições de mercado. A empresa destacou que um planejamento cuidadoso dos investimentos é essencial para seu sucesso futuro. Além disso, a Stellantis observou que, de acordo com as leis atuais, o UAW não pode legalmente fazer greve sobre este assunto neste momento.

Membros do sindicato têm enfrentado muitas ações disciplinares devido às recentes dificuldades financeiras da Stellantis. As vendas da empresa nos EUA caíram, e os custos de reestruturação agravaram a situação. Isso prejudicou bastante suas margens de lucro, com os lucros líquidos caindo quase 48% na primeira metade do ano.

A questão ganhou muita atenção política. O presidente Biden e a vice-presidente Harris visitaram a fábrica de Belvidere para mostrar apoio à sua reabertura. Fain elogiou os esforços deles e criticou o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, por ameaçar cortes de empregos. Durante seu discurso na convenção, Fain vestia uma camiseta com a inscrição: “Trump é um traidor. Vote em Harris,” criticando as políticas do ex-presidente Trump, que ele acredita terem prejudicado os trabalhadores sindicalizados.

A campanha de Trump respondeu chamando Fain de uma ferramenta do Partido Democrata. Eles afirmaram que os membros do sindicato que apoiam Trump se sentem negligenciados e acreditam que somente Trump pode proteger seus empregos e melhorar suas finanças.

A questão reflete os problemas mais amplos entre sindicatos e fabricantes de automóveis. Isso é especialmente relevante à medida que a indústria se transforma com as demandas do mercado e novas tecnologias. Enquanto esses grupos se enfrentam, o futuro dos trabalhadores e as promessas feitas a eles permanecem incertas.

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