Orbán atualiza líderes da UE sobre diálogos com Putin e Xi

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Por Bia Chacu
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Bandeiras da UE e da Ásia interconectadas simbolizando conversações diplomáticas.

São PauloO primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, atualizou os líderes da UE sobre suas conversas com o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping. Segundo o diretor político de Orbán, Balázs Orbán, o primeiro-ministro detalhou as discussões e compartilhou as ideias da Hungria para alcançar a paz na Ucrânia.

Balázs Orbán comentou sobre o informe:

  • Relatou as experiências da primeira fase da missão de paz da Hungria.
  • Apresentou as propostas da Hungria para encerrar o conflito.
  • Ressaltou a necessidade de uma mudança de rumo para a Europa se a paz for desejada.

Hungria tem insistido em uma parada imediata na guerra e em negociações para resolver o conflito na Ucrânia. No entanto, não está claro como isso afetaria as fronteiras ucranianas. A Hungria manteve um relacionamento próximo com a Rússia, mesmo após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, o que gerou controvérsias entre os membros da UE e da OTAN.

Críticas apontam que as ações de Orbán prejudicam a unidade da UE e da OTAN. Após Orbán ter se encontrado com Putin em Moscou em 5 de julho — o primeiro líder da UE a fazer isso em mais de dois anos — a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o criticou. Ela afirmou que Orbán estava tentando agradar Putin e reforçou que somente a unidade e determinação trariam paz completa à Ucrânia.

Ações recentes de Orbán, como a visita ao ex-presidente dos EUA Donald Trump em sua propriedade Mar-a-Lago, têm gerado tensões entre os países da UE. Algumas nações estão considerando boicotar reuniões informais em Budapeste devido à presidência rotativa da Hungria na UE. O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, afirmou que ministros da Suécia, Finlândia e dos países bálticos não participarão desses encontros neste verão. Um boicote em toda a UE também pode afetar uma cúpula planejada de ministros de Relações Exteriores em Budapeste no final de agosto.

Orbán está adotando uma abordagem arriscada ao se distanciar da posição da UE em relação à Rússia. Apesar de suas negociações diretas com a Rússia parecerem um esforço em prol da paz, elas podem enfraquecer a posição unida da UE e da OTAN. Isso nos leva a questionar quem se beneficia com essa postura diplomática diferente da Hungria e como ela afeta a política global. Se a estratégia húngara não der certo, pode provocar mais desentendimentos dentro da UE, dificultando a formulação de uma política comum sobre a Ucrânia.

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