O dilema de Obama: apaziguar democratas e manter sua influência

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
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Gráfico de balança equilibrando preocupações democráticas e influência presidencial.

São PauloO ex-presidente Obama enfrenta uma situação complicada. Ele precisa lidar com as preocupações dos democratas sobre o presidente Joe Biden, mantendo sua própria influência forte. Matt Bennett, ex-assessor do vice-presidente Al Gore, diz que o objetivo de Obama é se manter acima da política partidária. No entanto, ele também deseja ser um conselheiro de confiança para Biden. Se Obama tomar partido publicamente, isso pode prejudicar esse papel.

Obama e Biden: De parceria política à amizade verdadeira

A parceria entre Obama e Biden começou por razões políticas. Em 2008, Obama escolheu Biden como seu vice-presidente para aliviar preocupações sobre sua falta de experiência e conquistar a confiança dos democratas brancos. Com o tempo, a relação de trabalho deles se transformou em uma verdadeira amizade.

Pontos Principais sobre a Relação entre Obama e Biden:

  • Em 2008, a escolha de Biden por Obama ajudou a amenizar preocupações sobre a inexperiência de Obama.
  • A relação entre eles evoluiu para uma forte parceria e amizade.
  • Democratas respeitados, como Julian Castro, acreditam que os veteranos do partido precisam conversar com Biden sobre os desafios que ele enfrenta.
  • Obama tem priorizado proteger o legado de Biden, atendendo a mais ligações do que fazendo.
  • Há tensão no círculo político de Biden devido às ações anteriores de Obama que desencorajaram sua candidatura presidencial em 2016.

Julián Castro, ex-membro do gabinete de Obama, acredita que líderes importantes do partido devem apoiar Biden nestes tempos difíceis. Castro afirma que figuras como Obama e os Clintons são essenciais para ajudar os democratas a vencerem a eleição.

Biden mantém sua equipe de longa data e acredita ser o melhor para derrotar Trump. Apesar de muitas pessoas pedirem para que desista, Biden está determinado a continuar na corrida. Mais de 20 parlamentares democratas pediram sua retirada, especialmente após um desempenho ruim em um debate. Figuras conhecidas da era Obama, como David Axelrod e os apresentadores do Pod Save America, também o criticaram.

Obama tem apoiado Biden em particular. Ele acredita que pedir publicamente para Biden desistir não seria útil. Obama também lembra dos problemas anteriores na equipe de Biden, quando alguns assessores não queriam que ele concorresse em 2016. Biden recordou que durante um almoço com Obama em 2015, Obama não apoiou sua possível candidatura à presidência.

A necessidade de agir aumenta à medida que a Convenção Nacional Democrata se aproxima, mas Obama é cauteloso em romper com as normas tradicionais. O historiador presidencial Edward Frantz ressalta que Obama, após sua presidência, tem se mantido afastado da política, respeitando as tradições.

Os desafios de Obama e Biden: jogo de poder e legado

Ambos os líderes estão pensando em como serão lembrados. Obama quer apoiar Biden e manter sua própria influência, enquanto Biden não quer ser visto como um presidente fracassado. Frantz observa que ambos enfrentam sentimentos complexos em relação aos seus papéis no partido e no país, o que torna difícil para Biden deixar o cargo voluntariamente.

Obama está ajudando Biden cuidadosamente, respeitando as normas da presidência. Os democratas estão cada vez mais preocupados, mas Obama prefere proteger Biden sem se manifestar publicamente. Com a proximidade das convenções, ambos os líderes sentem a pressão de suas trajetórias.

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