Novo estudo sugere sinais de vida próximos às superfícies de Encélado e Europa
São PauloCientistas descobriram novas evidências de que pode existir vida em Encélado e Europa, duas luas fascinantes do nosso sistema solar. Eles acreditam que essas luas geladas possam possuir condições logo abaixo de suas superfícies que são favoráveis à vida.
Enceladus orbita Saturno, enquanto Europa orbita Júpiter. Ambos os satélites possuem superfícies cobertas de gelo, mas pode haver oceanos líquidos sob essa camada. Esses oceanos são aquecidos por atividade geológica. Descobertas recentes sugerem que os sinais de vida podem estar mais próximos da superfície do que imaginávamos anteriormente.
Principais razões para otimismo incluem:
- Evidência de água líquida sob o gelo.
- Presença de compostos orgânicos.
- Formações de superfície que sugerem oceanos subterrâneos.
A sonda Cassini, da NASA, detectou vapor de água emanando do polo sul de Encélado. Esses gêiseres de água contêm moléculas orgânicas, o que sugere a possível existência de vida microbiana. Cientistas acreditam que as fontes hidrotermais no fundo do oceano do satélite possam ter as condições ideais para a vida.
Europa apresenta características fascinantes. A sonda Galileo detectou movimentos de gelo e fissuras em sua superfície, indicando a possível existência de um oceano subterrâneo. Mais recentemente, o Telescópio Espacial Hubble observou plumas de vapor d'água, reforçando ainda mais a teoria de um oceano sob a crosta de Europa.
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Para determinar se essas luas podem abrigar vida, os cientistas analisam a interação entre o gelo na superfície e o oceano subjacente. A força gravitacional exercida pelos planetas gigantes pode gerar aquecimento interno, resultando em atividade geológica. Esse aquecimento pode criar ambientes que sustentam vida sem a necessidade de luz solar, semelhante a algumas regiões profundas dos oceanos terrestres.
Futuras missões testarão essas ideias. A missão Europa Clipper da NASA, programada para a década de 2020, investigará o gelo de Europa e o oceano que se encontra sob ele. O objetivo é verificar se a lua pode sustentar vida, analisando sua superfície, camadas subterrâneas e atividade térmica.
Planos para futuras missões a Encélado estão em andamento. Essas missões têm o objetivo de coletar amostras dos jatos de vapor para procurar moléculas orgânicas complexas e sinais de vida. Ferramentas para detectar aminoácidos e outras evidências de vida estão sendo desenvolvidas, o que pode indicar se formas básicas de vida existem nessa lua distante.
Descobrir vida nessas luas teria um impacto gigantesco. Tal achado mudaria nossa percepção sobre a capacidade de sobrevivência e crescimento da vida. Além disso, abriria novas frentes para estudar a vida além da Terra e impulsionaria futuras missões para outros mundos gelados.
As chances de encontrar vida em Enceladus e Europa ainda são incertas, mas há esperança. À medida que nossa tecnologia avança e aprendemos mais sobre essas luas, nos aproximamos de descobrir se existe vida em outras partes do universo.
O estudo é publicado aqui:
http://dx.doi.org/10.1089/ast.2023.0123e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Anaïs Roussel, Amy C. McAdam, Alex A. Pavlov, Christine A. Knudson, Cherie N. Achilles, Dionysis I. Foustoukos, Jason P. Dworkin, S. Andrejkovičová, Dina M. Bower, Sarah Stewart Johnson. Variable and Large Losses of Diagnostic Biomarkers After Simulated Cosmic Radiation Exposure in Clay- and Carbonate-Rich Mars Analog Samples. Astrobiology, 2024; 24 (7): 669 DOI: 10.1089/ast.2023.012314 de novembro de 2024 · 06:06
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