Muçulmanos iniciam Hajj rezando por paz durante conflito Israel-Hamas

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Por Chi Silva
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Peregrinos na Kaaba com bandeiras de paz e velas

São PauloMuçulmanos estão se reunindo para a peregrinação do Hajj, mesmo com a continuação da guerra entre Israel e Hamas. Este ano, muitos estão rezando especialmente pelos palestinos. Mohammed Rafeeq, um peregrino indiano, expressou sua esperança por paz, segurança e unidade entre todos os muçulmanos, incluindo os palestinos.

As autoridades palestinas informaram que 4.200 peregrinos da Cisjordânia foram para Meca. A Arábia Saudita também auxiliou mais 1.000 palestinos, que são famílias de mortos ou feridos em Gaza, a participar do Hajj. Essas 1.000 pessoas já estavam fora de Gaza, principalmente no Egito, antes do fechamento da passagem de Rafah.

Os peregrinos sírios agora podem voar diretamente de Damasco para Meca. Esta é uma grande melhoria nas relações entre a Arábia Saudita e a Síria. Anteriormente, os sírios tinham que fazer longas e árduas viagens através da Turquia. Abdel-Aziz al-Ashqar, um organizador sírio, afirmou que os voos diretos são a melhor maneira para os peregrinos irem ao Hajj.

Muçulmanos realizam o Hajj para homenagear as histórias do Profeta Ibrahim, seu filho Profeta Ismail e a mãe de Ismail, Hajar, que estão no Alcorão. Muitos economizam dinheiro por anos e aguardam uma permissão para fazer essa importante jornada, geralmente quando são mais velhos. O Hajj é uma experiência espiritual intensa e é um dos Cinco Pilares do Islã. Todos os muçulmanos devem realizá-lo ao menos uma vez, se tiverem condições.

Os rituais do Hajj incluem:

  • Dar voltas ao redor da Kaaba na Grande Mesquita
  • Usar ihram – dois panos brancos para homens, vestimenta modesta para mulheres
  • Visitar o acampamento de tendas em Mina

As autoridades sauditas aumentaram a segurança em Meca. Foram estabelecidos pontos de controle para garantir que apenas pessoas com os devidos permissões Hajj possam entrar. O Tenente-General Muhammad al-Bassami afirmou que muitas pessoas sem permissões foram presas. A maioria dessas pessoas foi deportada de volta para seus países, e os agentes de viagem foram condenados a até seis meses de prisão.

Alguns peregrinos tiveram que pagar multas devido à documentação incompleta. Mohammed Ramadan, um peregrino egípcio, contou sobre sua experiência. Ele e seus pais tiveram que pagar 500 riais sauditas (aproximadamente R$ 700) cada um porque seus vistos não permitiam a entrada em Meca. Ele mencionou que foi difícil, mas ver a Grande Mesquita valeu a pena.

A Hajj deste ano é um momento de crescimento espiritual e de mostrar apoio mútuo. Os peregrinos estão rezando pela paz em seus países, incluindo o Iêmen e o Sudão, que estão enfrentando sérios conflitos. A Hajj reúne mais de 2 bilhões de muçulmanos de todo o mundo, ajudando-os a se conectarem com Deus e uns com os outros.

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