Conselho da ONU adota resolução de cessar-fogo para Gaza

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Por Ana Silva
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Edifício da ONU com texto de resolução de cessar-fogo e mapa de Gaza

São PauloO Conselho de Segurança da ONU votou uma resolução de cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas. Quatorze dos quinze membros concordaram. A Rússia se absteve. A resolução pede que Israel e Hamas sigam as regras imediatamente e sem quaisquer condições.

A Embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que o conselho pediu ao Hamas que aceitasse o acordo de cessar-fogo. Ela mencionou que Israel já concordou com o acordo e que muitos países o apoiam.

Os pontos principais do plano de cessar-fogo são:

  • Um cessar-fogo inicial de seis meses
  • Libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos
  • Retirada das forças israelenses das áreas povoadas em Gaza
  • Distribuição segura de assistência humanitária

O vice-embaixador dos EUA, Robert Wood, afirmou que o objetivo é interromper a guerra temporariamente. Ele destacou que todos os 15 membros do Conselho de Segurança precisam apoiar essa iniciativa. O forte apoio à resolução aumenta a pressão sobre ambos os lados para chegarem a um acordo.

O Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comentou sobre o plano. Biden revelou apenas algumas partes dele. Segundo Netanyahu, uma trégua duradoura só é possível se o Hamas perder sua capacidade de lutar e governar.

Líderes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina se reuniram no Catar para discutir a proposta de cessar-fogo. Eles afirmaram que qualquer acordo deve resultar em:

  • Cessar-fogo permanente
  • Retirada completa de Israel de Gaza
  • Fim do cerco israelense a Gaza
  • Reconstrução
  • Troca séria de prisioneiros entre reféns em Gaza e palestinos em prisões israelenses

O Embaixador da ONU da Argélia, Amar Bendjama, que representa os países árabes no conselho, falou após a votação. Ele afirmou que a resolução dá esperança aos palestinos e mencionou que a outra opção seria mais morte e sofrimento.

Em 7 de outubro, o Hamas realizou um ataque surpresa que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis israelenses. Além disso, eles fizeram aproximadamente 250 pessoas como reféns. Atualmente, cerca de 120 reféns ainda estão em cativeiro, e 43 já foram confirmados mortos.

A resposta militar de Israel tem sido intensa. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 36.700 palestinos perderam a vida e mais de 83.000 estão feridos. A ONU relata que cerca de 80% dos edifícios em Gaza estão destruídos.

Em 25 de março, o Conselho de Segurança solicitou uma pausa temporária nos combates em Gaza devido ao Ramadã. Os EUA se abstiveram de votar. Os confrontos continuaram.

A nova resolução destaca a importância dos esforços diplomáticos. Egito, Qatar e EUA estão tentando chegar a um acordo para um cessar-fogo. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitou o Oriente Médio oito vezes desde 7 de outubro.

Em 31 de maio, Biden divulgou um novo plano. A primeira fase inclui um cessar-fogo de seis meses e a libertação de reféns em troca de prisioneiros. As forças israelenses deixariam Gaza, e ajuda humanitária seria enviada para lá. Biden afirmou que 600 caminhões de ajuda entrariam em Gaza diariamente.

Na segunda fase, é necessário um cessar-fogo definitivo. Para isso, todos os reféns precisam ser libertados e as forças israelenses devem sair completamente de Gaza. Tanto Israel quanto Hamas devem concordar.

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