Explorando o cloroplasto: novas percepções sobre a fotossíntese e a proteína D1

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Por Chi Silva
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Diagrama de cloroplasto destacando 140 proteínas envolvidas na fotossíntese.

São PauloUm avanço na compreensão da fotossíntese

Uma equipe de pesquisa da Universidade de Ruhr, liderada pela Professora Danja Schünemann, fez avanços significativos na compreensão da fotossíntese. O time conta com a participação da ex-aluna de doutorado Dominique Stolle e da atual doutoranda Lena Osterhoff. Eles investigaram como os complexos de proteínas se formam nos cloroplastos. A principal descoberta é sobre a proteína D1, fundamental para o fotossistema II. Essa proteína é continuamente decomposta e reconstruída, especialmente quando exposta a luz intensa.

Pesquisadores descobriram que o processo envolve cerca de 140 proteínas, muitas das quais eram desconhecidas anteriormente. Entre os elementos importantes que eles identificaram estão:

  • Purificação de ribossomos envolvidos na produção da proteína D1 em tempo real.
  • Identificação de 140 proteínas, algumas recém-descritas, associadas ao processo de montagem da D1.
  • Caracterização do STIC2 e sua interação com SRP54 e a membrana do tilacoide.

Anteriormente, a purificação dos ribossomos só podia ser realizada de maneira geral. O novo método in vitro desenvolvido pela equipe agora permite que cientistas estudem ribossomos em tempo real enquanto eles produzem a proteína D1. Isso levou a uma melhor compreensão dos diferentes fatores envolvidos na montagem da D1. A cooperação necessária entre essas proteínas revela a complexidade do processo fotossintético que ocorre em cada folha verde.

Pesquisas descobriram que a STIC2 é uma proteína que se liga às membranas dos tilacóides. Essa ligação é crucial para o posicionamento correto da proteína D1, o que nos ajuda a entender outras proteínas-chave nos fotosistemas. A STIC2 trabalha em conjunto com outra proteína, a SRP54, para garantir que a proteína D1 se forme e se repare adequadamente dentro da membrana do tilacoide. Esses resultados permitem que cientistas estudem como essas proteínas operam e interagem em diferentes condições ambientais.

O grupo de pesquisa de Schünemann descobriu que várias proteínas são fundamentais para o bom funcionamento da fotossíntese. Ao identificar e estudar essas proteínas, pode haver novos usos na biotecnologia. Esse conhecimento pode melhorar os resultados na agricultura ou ajudar na criação de sistemas de fotossíntese artificial.

Pesquisadores dos departamentos de Biologia e Biotecnologia, Química e Bioquímica da Universidade Ruhr de Bochum, juntamente com o Instituto Max Planck de Fisiologia Molecular de Plantas em Potsdam, estão colaborando para estudar a fotossíntese. Esse esforço conjunto está nos ajudando a compreender melhor esse processo complexo.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s44318-024-00211-4

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Dominique S Stolle, Lena Osterhoff, Paul Treimer, Jan Lambertz, Marie Karstens, Jakob-Maximilian Keller, Ines Gerlach, Annika Bischoff, Beatrix Dünschede, Anja Rödiger, Christian Herrmann, Sacha Baginsky, Eckhard Hofmann, Reimo Zoschke, Ute Armbruster, Marc M Nowaczyk, Danja Schünemann. STIC2 selectively binds ribosome-nascent chain complexes in the cotranslational sorting of Arabidopsis thylakoid proteins. The EMBO Journal, 2024; DOI: 10.1038/s44318-024-00211-4
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