Grupo reconsidera financiamento climático com plebiscitos, seguros e taxas sobre petróleo

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Por João Silva
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Ruas inundadas com edifícios danificados pela Supertempestade Sandy.

São PauloNo início deste mês, dois legisladores democratas em Nova Jersey propuseram um projeto de lei para financiar a resiliência climática. Esta iniciativa surge após a aprovação de uma lei semelhante em Nova York, que aguarda a aprovação da governadora Kathy Hochul. Massachusetts, Vermont e Maryland também adotaram medidas similares.

Amy Chester, líder do grupo responsável pela iniciativa, afirmou que a maioria dos recursos federais para enfrentar problemas climáticos só é liberada após a ocorrência de desastres. Ela enfatizou que esses fundos deveriam ser usados antecipadamente para preparar as comunidades para tempestades e proteger as comunidades vulneráveis antes de serem afetadas.

O grupo propôs novos programas em Nova York, Nova Jersey e Connecticut com base nas lições aprendidas com o Furacão Sandy. As iniciativas incluem:

  • Barreiras rígidas, como muros de contenção e portões
  • Soluções baseadas na natureza, como a restauração de áreas úmidas
  • Melhorias no sistema de drenagem e escoamento de águas pluviais

Esses projetos encontram-se em diferentes etapas de conclusão na região. Entre 2011 e 2021, Nova Jersey enfrentou 14 grandes desastres reconhecidos pelo governo federal. Durante esse período, todos os 21 condados do estado passaram por pelo menos cinco desses desastres, incluindo enchentes e incêndios florestais.

Nova Jersey gastou US$7,2 bilhões na recuperação de desastres, tornando-se o terceiro estado que mais investiu nessa área no país durante esse período. Grupos ambientais concordam que o financiamento deve ser direcionado para a prevenção de futuras tempestades, em vez de apenas para a limpeza e reconstrução após os desastres.

Anjuli Ramos-Busot, diretora do Sierra Club em Nova Jersey, afirmou que o estado está aquecendo mais rapidamente que qualquer outro no Nordeste e é o terceiro que mais aquece no país. Ela ressaltou a importância de financiamento estadual para proteger contra tempestades, inundações e eventos climáticos extremos, além de melhorar nossa capacidade de recuperação após esses acontecimentos.

Tim Dillingham, diretor da American Littoral Society, afirmou que as decisões inadequadas quanto ao uso do solo têm colocado muitas pessoas e investimentos públicos em risco devido aos crescentes impactos climáticos.

Ray Cantor, da Associação de Negócios e Indústria de Nova Jersey, concorda que precisamos estar mais preparados para desastres naturais. No entanto, ele ressaltou que a forma de arrecadar fundos para isso deve ser prática e acessível.

O gabinete do governador democrata Phil Murphy não respondeu ao pedido de comentário, e o Departamento de Proteção Ambiental do estado também não se manifestou.

Supertempestade Sandy atinge em cheio: estragos bilionários e 182 mortos

A Supertempestade Sandy atingiu em 29 de outubro de 2012, causando danos severos na maior área metropolitana do país. O desastre resultou em 182 mortes, sendo 12 em Nova Jersey e 48 em Nova York, além de prejuízos de dezenas de bilhões de dólares: $36,8 bilhões em Nova Jersey e $32,8 bilhões em Nova York.

Por que não houve ações preventivas antes? É curioso que o financiamento federal geralmente responda aos problemas em vez de antecipá-los. Com a aceleração das mudanças climáticas, precisamos de soluções que olhem para o futuro. Isso é especialmente crucial para lugares como Nova Jersey, que frequentemente enfrentam questões relacionadas ao clima. As novas leis são um passo positivo; buscam proteger comunidades vulneráveis antes que desastres aconteçam.

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