Extrema direita perde, mas preocupações com discursos de ódio crescem
São PauloA extrema-direita foi derrotada nas eleições francesas de 2024, gerando alívio em muitos eleitores. No entanto, há uma crescente preocupação com o aumento de discursos de ódio e incidentes racistas durante a campanha. Grupos da sociedade civil e cidadãos temem que esses problemas persistam com o novo parlamento.
Eventos Recentes:
- Aumento das queixas de discursos de ódio e episódios ocasionais de violência
- Casos de abuso verbal e físico
- Preocupações com políticas direcionadas a imigrantes e grupos minoritários
A França não registra dados de raça ou religião de seus habitantes, o que dificulta a medição de questões raciais através de estatísticas. Isso impede saber quantas pessoas de origem estrangeira participaram das eleições, embora a participação geral tenha sido alta. As agências de pesquisa não levantam padrões de votação com base em grupos étnicos. No entanto, um painel de direitos humanos apontou um grande aumento nos atos racistas e antissemitas. Houve um aumento de 32% nos incidentes racistas em 2023 e um crescimento de 284% nos atos antissemitas em relação a 2022.
A agência nacional de estatísticas da França divulgou que um milhão de pessoas relataram ter enfrentado racismo pelo menos uma vez no ano passado. Não se sabe a raça ou etnia dessas pessoas. Um grupo de direitos humanos afirmou que os franceses são menos tolerantes com indivíduos negros, árabes, ciganos, judeus e muçulmanos.
Aumento do Discurso Odioso na França: Ancestrais Imigrantes e a Influência do National Rally
Muitos eleitores sentiam-se otimistas após os resultados de domingo. Thomas Bertrand, que trabalha no setor publicitário em Paris, afirmou que a votação foi uma questão de liberdades pessoais, tolerância e respeito ao próximo. O professor Rachid Sabry, que se mudou para a França como estudante e formou uma família, disse que se sentiu aliviado com o desfecho da eleição.
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