PrimeiraEnergy paga R$ 100 milhões para evitar acusações de suborno

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Por Ana Silva
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Balança da justiça equilibrando notas de dólar.

São PauloProcuradores federais multaram a FirstEnergy Corp. em $20 milhões para evitar uma acusação em um grande caso de suborno em Ohio. O escândalo resultou na acusação e condenação de várias figuras importantes e continua a ter impactos financeiros e legais significativos para os envolvidos.

Os principais envolvidos no esquema são:

  • Chuck Jones, ex-CEO da FirstEnergy
  • Michael Dowling, ex-Vice-Presidente Sênior da FirstEnergy Services Corp.
  • Larry Householder, ex-Presidente da Câmara de Ohio
  • Matt Borges, lobista e ex-presidente do Partido Republicano de Ohio
  • Sam Randazzo, ex-presidente da Comissão de Serviços Públicos de Ohio

Jones e Dowling foram demitidos em outubro de 2020 por violarem as regras da empresa e foram acusados de crimes em abril de 2023. Ambos afirmam ser inocentes. A investigação revelou que US$ 60 milhões da FirstEnergy foram usados secretamente para ajudar a eleger os candidatos favoritos de Householder para a Câmara de Ohio em 2018. Isso foi crucial para que Householder se tornasse presidente da Câmara em 2019. O dinheiro foi então utilizado para aprovar o Projeto de Lei 6 e impedir esforços para revogá-lo.

Householder foi condenado a 20 anos de prisão em junho de 2023 por seu envolvimento, enquanto Borges recebeu uma sentença de cinco anos. Sam Randazzo, o ex-presidente da Comissão de Serviços Públicos de Ohio que também estava implicado, cometeu suicídio após se declarar inocente nos tribunais federais e estaduais.

Problemas graves revelados em corporações e política

A situação evidencia sérios problemas nos sistemas corporativo e político. Em julho de 2021, a FirstEnergy confessou estar envolvida em um esquema de suborno como parte de um acordo para evitar processos judiciais. A empresa concordou em pagar $230 milhões e implementar mudanças significativas em um prazo de três anos para evitar acusações federais. Este caso demonstra como o poder corporativo pode corromper decisões políticas e influenciar políticas e regulações de maneira abrangente.

O Projeto de Lei 6, inicialmente destinado a salvar usinas nucleares, acabou envolvido em um escândalo. A aprovação do projeto foi marcada por subornos e campanhas políticas enganosas, resultando em graves consequências. A FirstEnergy agora enfrenta as repercussões e precisa trabalhar para reconquistar a confiança do público e dos investidores, implementar regras rígidas e promover mudanças internas para evitar futuras corrupções.

As pessoas estão revoltadas e exigem regras mais rigorosas. Se as empresas têm tanto poder sobre a política, é necessário mudar tanto essas empresas quanto as normas que as regulam. Esse cenário evidencia a necessidade urgente de transparência e responsabilidade tanto no setor privado quanto no governo.

Esse escândalo evidencia os problemas que podem surgir quando grandes empresas se envolvem na política. Ele ressalta a necessidade de supervisão rigorosa e líderes honestos para proteger a democracia contra abusos corporativos.

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