Misteriosos faróis cósmicos desconcertam cientistas com descobertas sobre o início do universo

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Por Alex Morales
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Objetos celestiais antigos brilhantes no escuro universo primitivo.

São PauloO Telescópio Espacial James Webb da NASA faz Descobertas Surpreendentes no Universo Primordial

O Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA identificou objetos extremamente brilhantes e vermelhos no universo primordial, desafiando as teorias atuais sobre a formação de galáxias e buracos negros supermassivos. Esses objetos, detectados por uma equipe liderada por pesquisadores da Penn State, surgiram cerca de 600-800 milhões de anos após o Big Bang, ou seja, existiam quando o universo tinha apenas 5% da sua idade atual. As descobertas foram publicadas na revista Astrophysical Journal Letters.

Descobertas Principais:

  • Os objetos encontrados são repletos de estrelas antigas, com centenas de milhões de anos.
  • Contêm buracos negros supermassivos, de 100 a 1.000 vezes mais massivos que os da Via Láctea.
  • Esses objetos têm algumas centenas de anos-luz de diâmetro, sendo 1.000 vezes menores que a Via Láctea, mas abrigam a mesma quantidade de estrelas.

Inicialmente, os cientistas acreditavam que esses objetos eram galáxias. Um estudo mais detalhado revelou a distância e o tipo de luz que eles emitiam. Surpreendentemente, essas galáxias continham estrelas antigas e buracos negros gigantescos. Joel Leja, professor na Penn State, mencionou que isso poderia se encaixar na nossa compreensão atual do universo, mas exigiria uma formação extremamente rápida logo após o início dos tempos.

O estudo indica que essas galáxias primitivas ou se formaram muito antes do que os cientistas imaginavam, ou são galáxias de tamanho normal com buracos negros extraordinariamente grandes. As descobertas ainda permitem várias interpretações. Leja ressalta que resolver essa questão exige uma ideia genial, algo que ainda ninguém, nem nossos colaboradores, nem a comunidade científica, foi capaz de encontrar.

Essas galáxias são fascinantes porque são muito pequenas e cerca de 1.000 vezes mais densas que a Via Láctea. Segundo Leja, o buraco negro supermassivo nessas galáxias estaria a aproximadamente 26 anos-luz da Terra e seria visível no céu. Essa alta densidade e padrão de formação incomum sugerem que o universo parou de criar galáxias desse tipo após alguns bilhões de anos.

Pesquisadores planejam fazer mais observações apontando o JWST para esses objetos por períodos mais longos, a fim de obter dados melhores. Isso os ajudará a separar a luz das estrelas e dos possíveis buracos negros supermassivos.

Esta descoberta é extremamente significativa. Ela pode nos fazer repensar nossas ideias sobre a formação e crescimento das galáxias e buracos negros. A idade e o tamanho incomuns desses objetos indicam que a história do universo pode ser mais complexa do que imaginávamos. O JWST nos proporcionou novas informações sobre o universo primordial. O mistério desses estranhos objetos cósmicos provavelmente levará a estudos mais detalhados no futuro.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.3847/2041-8213/ad55f7

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Bingjie 冰洁 Wang 王, Joel Leja, Anna de Graaff, Gabriel B. Brammer, Andrea Weibel, Pieter van Dokkum, Josephine F. W. Baggen, Katherine A. Suess, Jenny E. Greene, Rachel Bezanson, Nikko J. Cleri, Michaela Hirschmann, Ivo Labbé, Jorryt Matthee, Ian McConachie, Rohan P. Naidu, Erica Nelson, Pascal A. Oesch, David J. Setton, Christina C. Williams. RUBIES: Evolved Stellar Populations with Extended Formation Histories at z ∼ 7–8 in Candidate Massive Galaxies Identified with JWST/NIRSpec. The Astrophysical Journal Letters, 2024; 969 (1): L13 DOI: 10.3847/2041-8213/ad55f7
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