Duterte confessa uso de gangues como "esquadrões da morte" em Davao
São PauloDuterte Revela "Esquadrão da Morte" em Davao
O ex-presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, mencionou recentemente que tinha um "esquadrão da morte" composto por membros de gangues durante seu mandato como prefeito de Davao City. Em uma audiência conduzida pelos senadores Aquilino Pimentel III e Risa Hontiveros, Duterte explicou que utilizava esses gangues para combater criminosos e destacou que não eram policiais. Ele afirmou assumir total responsabilidade pelas mortes ocorridas durante sua presidência, mas nunca ordenou que os chefes de polícia realizassem execuções extrajudiciais. O senador Ronald Dela Rosa, que foi seu chefe de polícia nacional, corroborou, afirmando que nunca recebeu tais ordens.
A descoberta ressalta questões importantes que precisam ser resolvidas.
- A suposta falta de responsabilidade e ações legais contra Duterte.
- As consequências para os direitos humanos nas Filipinas.
- O impacto da admissão de Duterte nas relações internacionais, especialmente com organizações como o Tribunal Penal Internacional (TPI).
Mesmo com as confissões de Duterte sobre ações graves, o sistema judiciário filipino ainda não tomou medidas contra ele. Nenhuma acusação foi feita contra Duterte nas Filipinas em relação às mortes associadas às suas políticas antidrogas. Durante uma audiência, Duterte expressou estar perplexo com o fato de o Departamento de Justiça não ter apresentado acusações, apesar de suas próprias confissões. Essa inação legal pode evidenciar problemas de influência, medo ou talvez um sistema judicial enfraquecido nas Filipinas durante seu governo.
Durante a presidência de Duterte, ele tomou várias decisões polêmicas. Adotou uma postura agressiva no combate às drogas, resultando em milhares de mortes. Frequentemente criticou os direitos humanos, a mídia que o contestava e seus adversários políticos. Além disso, alterou a política externa das Filipinas ao estreitar laços com a China e a Rússia, em vez das tradicionais alianças ocidentais. Essa mudança gerou preocupações sobre as futuras estratégias das Filipinas no cenário global, especialmente com os desenvolvimentos recentes.
Senadora Leila de Lima, uma forte crítica de Duterte, que costumava investigar mortes relacionadas ao tráfico de drogas, afirmou que, embora haja evidências e testemunhas, muitas pessoas tinham medo de se manifestar contra ele anteriormente. Ela clama por justiça, destacando a necessidade urgente de lidar com questões de direitos humanos e questionando por que tais ações não foram impedidas mais cedo. O Tribunal Penal Internacional (TPI) é uma das poucas instituições que ainda investiga esses casos, sugerindo que a participação internacional é crucial para responsabilizar os culpados e enfatizando a importância da atenção e ação global em relação aos abusos dos direitos humanos.
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