Explorando a saúde humana no espaço: o futuro da biomedicina espacial

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Por João Silva
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Estruturas moleculares flutuando contra um fundo espacial estrelado.

São PauloCientistas vêm estudando os efeitos do espaço no corpo humano há muitos anos, concentrando-se nas mudanças em nível molecular. Estudos recentes publicados nas revistas "Nature" destacam como novas ferramentas da biologia molecular e a medicina de precisão podem auxiliar em futuras missões espaciais. Nate Szewczyk e sua equipe da Universidade de Ohio fazem parte dessa pesquisa.

Mais de 100 organizações de mais de 25 países uniram esforços para criar a maior coleção de dados já vista sobre medicina aeroespacial e biologia espacial.

A equipe de Szewczyk incluiu estagiários que contribuíram para seis artigos científicos. Os estagiários são os estudantes de medicina Anthony Carano e Caroline Coffey, a doutoranda Alexia Tasoula, o pesquisador pós-doutorado Craig Willis e o Dr. Henry Cope do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido. Seus trabalhos abordam temas como mudanças nos níveis de insulina e estrogênio em roedores e humanos, questões éticas em viagens espaciais comerciais e como esses fatores afetam a reprodução.

Szewczyk destaca o valor das modernas técnicas ômicas. Ele é conhecido por estudar vermes no espaço. Os vermes foram os primeiros animais multicelulares a terem seus genes sequenciados. Há muitos anos, eles são enviados ao espaço para observar mudanças genéticas. Atualmente, esses estudos também estão sendo realizados em humanos.

À medida que as viagens espaciais se tornam mais frequentes, é crucial entender seus impactos na saúde humana. Nos Estados Unidos, os investimentos espaciais estão em expansão com projetos como um parque espacial em Columbus, liderado pela Voyager Space. Empresas como a SpaceX estão oferecendo mais voos espaciais comerciais. Essas empresas precisam garantir suporte médico para as pessoas que voam com elas.

Szewczyk promove a ciência aberta e a colaboração global. Ele lidera o NASA GeneLab Animal Analysis Working Group, incentivando a cooperação entre agências espaciais de todo o mundo. Além disso, ele integrou a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) aos projetos da NASA.

Szewczyk trabalha na integração de regras éticas e métodos de pesquisa para a saúde dos astronautas, em colaboração com agências espaciais como a NASA, ESA e JAXA. Ele acredita que a cooperação é essencial para criar diretrizes seguras e saudáveis para os astronautas. Quanto mais estudamos diferentes astronautas, melhor podemos protegê-los.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s42003-023-05213-2

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Begum Aydogan Mathyk, Marshall Tabetah, Rashid Karim, Victoria Zaksas, JangKeun Kim, R. I. Anu, Masafumi Muratani, Alexia Tasoula, Ruth Subhash Singh, Yen-Kai Chen, Eliah Overbey, Jiwoon Park, Henry Cope, Hossein Fazelinia, Davide Povero, Joseph Borg, Remi V. Klotz, Min Yu, Steven L. Young, Christopher E. Mason, Nathaniel Szewczyk, Riley M. St Clair, Fathi Karouia, Afshin Beheshti. Spaceflight induces changes in gene expression profiles linked to insulin and estrogen. Communications Biology, 2024; 7 (1) DOI: 10.1038/s42003-023-05213-2
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