Trump e Biden: Europa se prepara para defender a Otan

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Por Alex Morales
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Bandeiras europeias ao redor do emblema da OTAN em meio a céus tempestuosos.

São PauloLíderes europeus estão preocupados com o futuro da OTAN. O desempenho do presidente Biden em um debate recente fez com que eles duvidassem de sua capacidade de liderança. Diante da incerteza sobre o retorno de Biden à presidência, autoridades europeias estão buscando maneiras de manter a OTAN forte caso o apoio dos EUA mude.

No passado, o Presidente Trump elogiou o Presidente russo Vladimir Putin e questionou os gastos da OTAN. Agora, governos europeus estão se mobilizando para garantir que a OTAN continue forte. Eles estão preocupados em manter o apoio ocidental à Ucrânia e a segurança de cada país membro da aliança.

Principais Preocupações Incluem:

  • Avanços russos na Ucrânia devido ao atraso no envio de armas e financiamentos dos EUA.
  • A possibilidade de governos de extrema-direita, hostis à OTAN, ganharem poder na Europa.

Rachel Rizzo, do Atlantic Council, afirma que não há motivo para se preocupar excessivamente com um segundo mandato de Trump. Ela sugere concentrar-se em preparar a ajuda militar ocidental para a Ucrânia e planejar para possíveis cortes no apoio dos EUA.

John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, acredita que o ex-presidente pode tentar retirar os EUA da OTAN caso seja reeleito. Embora existam leis que dificultem essa ação, um presidente ainda pode diminuir a participação dos EUA em atividades da OTAN.

Eleições na França e o crescimento de grupos de extrema-direita na Alemanha aumentam a incerteza. No entanto, autoridades europeias destacam que as preferências dos eleitores muitas vezes mudam nas democracias. Por exemplo, o partido de direita na Polônia perdeu o poder, e a Primeira-Ministra de direita da Itália, Giorgia Meloni, apoia a OTAN.

Europeus discutem integrar apoio à Ucrânia à OTAN para reduzir dependência dos EUA

Os europeus estão considerando tornar o apoio à Ucrânia parte da OTAN para diminuir a dependência dos Estados Unidos. Jens Stoltenberg, o secretário-geral da OTAN que está deixando o cargo, reconheceu que a Europa teve dificuldades em fornecer armas à Ucrânia quando a ajuda americana foi atrasada. Ele acredita que a OTAN deve assumir um papel maior no fornecimento de apoio militar e financeiro à Ucrânia.

Países europeus se preparam para fazer anúncios na próxima cúpula. Eles pretendem informar que quaisquer novas ações da Rússia resultarão em novas e severas sanções, mesmo que os EUA não tomem medidas. Os europeus também estão elaborando planos de defesa que não dependem fortemente dos EUA.

Países europeus querem ter suas próprias forças armadas e capacidade de lutar guerras sem precisar de ajuda externa. Além disso, estão discutindo um papel mais ativo nas defesas nucleares da OTAN. Atualmente, os EUA lideram essa área, mas os europeus veem a necessidade de assumir mais responsabilidade, se necessário.

John Deni, do Conselho Atlântico, afirma que os países europeus e o Canadá não têm dinheiro ou recursos para substituir os EUA rapidamente. Embora os britânicos possam querer ajudar, eles não possuem a mesma força que os Estados Unidos.

No final das contas, embora a Europa deseje ter um papel maior na OTAN, especialistas como Deni acreditam que não é possível garantir totalmente que os EUA continuarão comprometidos com a aliança.

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