Boeing tenta encerrar greve com nova proposta final

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Por Ana Silva
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Fábrica da Boeing com placas de protesto e mesa de negociação.

São PauloBoeing apresentou sua oferta final aos sindicalistas que estão em greve desde 13 de setembro. A proposta inclui aumentos salariais e bônus mais atrativos na tentativa de encerrar a paralisação de cerca de 33.000 trabalhadores. A empresa precisa retomar as operações completas rapidamente, pois a greve já impactou o fluxo de caixa e os cronogramas de produção da Boeing.

Boeing apresenta uma nova proposta com componentes principais:

  • Um aumento salarial de 30% ao longo de quatro anos, superando os 25% anteriormente rejeitados.
  • Reajustes salariais iniciais de 12%, seguidos por três aumentos anuais de 6% cada.
  • Dobro do bônus de assinatura, passando para $6.000.
  • Manutenção dos bônus de produtividade anuais em vez de contribuições para aposentadoria.
  • Compromisso de construir o próximo novo avião da Boeing na área de Seattle durante a vigência do contrato de quatro anos, caso o projeto seja iniciado.

Boeing enfrenta uma situação desafiadora em que os trabalhadores, responsáveis pela montagem de importantes modelos de aeronaves, têm grande poder nas negociações devido às suas funções essenciais. A empresa busca economizar recursos ao dispensar temporariamente funcionários não sindicalizados e interromper novas contratações. Isso ocorre porque a produção de modelos importantes, como o 737, 777 e 767, foi interrompida, afetando seriamente a receita com a venda de novos aviões.

Desafios e Consequências Futuras

Boeing enfrenta desafios devido a uma disputa trabalhista. Para economizar, a empresa diminuiu as viagens de negócios e reduziu os gastos com fornecedores, demonstrando que está buscando manter a operação estável durante a greve. No entanto, não atender às exigências do sindicato pode ter efeitos negativos a longo prazo, já que manter trabalhadores qualificados é essencial para projetos e avanços futuros.

Muitos trabalhadores estão preocupados devido à ausência de um plano de pensão tradicional, o que demonstra como os benefícios trabalhistas estão mudando. A decisão dos metalúrgicos sobre a proposta atual impactará as relações trabalhistas em indústrias similares. Dependendo do resultado, isso pode facilitar futuras negociações para a Boeing ou encorajar trabalhadores sindicalizados a buscar melhores condições.

Boeing considera fabricar seu próximo avião em Seattle, indicando que deseja apoiar empregos locais e reconhecer a importância de suas operações no estado de Washington. No entanto, não está claro se essa promessa conquistará os trabalhadores. Tanto a indústria da aviação quanto os próprios trabalhadores estão atentos ao que acontecerá até o prazo final.

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