Universidades fecham após protestos violentos por vagas em empregos públicos

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Por Bia Chacu
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Portões da universidade fechados com cartazes de protesto e grafite.

São PauloGoverno de Bangladesh Fecha Universidades Após Protestos Mortais

O governo de Bangladesh ordenou o fechamento das universidades após protestos violentos resultarem em seis mortes. As manifestações são contra um sistema controverso para empregos públicos, que reserva 30% das vagas para familiares de veteranos da guerra de 1971. Os manifestantes consideram esse sistema injusto e acreditam que ele favorece apoiadores da primeira-ministra Sheikh Hasina. Eles defendem um sistema baseado no mérito.

Autoridades relatam:

  • Seis mortes em protestos
  • Violência em Dhaka, Chattogram e Rangpur
  • Polícia usando gás lacrimogêneo e balas de borracha
  • Forças paramilitares patrulhando cidades principais

Em 2018, grandes protestos estudantis levaram à suspensão das cotas. Recentemente, uma decisão do Tribunal Superior reestabeleceu as cotas, desencadeando novos protestos. Agora, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a decisão do Tribunal Superior e decidirá sobre o assunto em 7 de agosto.

Manifestantes na Universidade de Dhaka enfrentaram policiais e estudantes do grupo estudantil da Liga Awami. A polícia recorreu a gás lacrimogêneo e balas de borracha, resultando em várias horas de violência e muitos feridos.

A primeira-ministra Hasina defendeu as cotas, destacando as contribuições dos veteranos de 1971. Ela pediu que todos aguardassem a decisão do Supremo Tribunal e garantiu que os mortos receberão justiça.

Hasina anunciou que haverá uma investigação judicial sobre as mortes e condenou a perda desnecessária de vidas. O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, ressaltou a importância de investigar a violência e responsabilizar os culpados. Ele destacou que a liberdade de expressão e os protestos pacíficos são direitos humanos fundamentais.

Protestos resultam em confrontos e prisões

Os protestos envolveram confrontos entre a polícia e apoiadores do partido de oposição Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP). Durante o funeral de seis pessoas falecidas, a polícia usou balas de borracha para dispersar a multidão, levando a várias prisões. O secretário-geral do BNP, Mirza Fakhrul Islam Alamgir, afirmou que a polícia impediu seus apoiadores de participarem das orações fúnebres.

O partido governista, a Liga Awami, acusa o BNP de incitar distúrbios. A polícia invadiu então a sede do BNP e prendeu sete membros estudantis do partido. Durante a operação, os detetives apreenderam bombas caseiras, bastões de madeira e garrafas de gasolina.

Bangladesh vive atualmente um ambiente tenso devido a uma disputa política sobre cotas de emprego. Recentes acontecimentos revelam sérias divergências na política do país e levantam questões sobre como equilibrar a honra histórica com a criação de justas oportunidades de trabalho.

As ações do governo e a decisão iminente do Supremo Tribunal serão essenciais para o futuro político de Bangladesh. A população deseja uma solução que respeite os esforços do passado e atenda às necessidades dos cidadãos atuais.

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