Mulheres condenadas no Camboja por envolvimento em barrigas de aluguel
São PauloTreze mulheres no Camboja foram recentemente condenadas por envolvimento em atividades internacionais de barriga de aluguel. Isso evidencia os desafios contínuos na regulamentação dos serviços de barriga de aluguel, especialmente em países em desenvolvimento, onde essa prática é frequentemente vista como mais lucrativa financeiramente do que em países como os Estados Unidos e a Austrália.
Diversos fatores contribuem para que a barriga de aluguel esteja se tornando mais comum em países como o Camboja.
- Custos menores em comparação com os países ocidentais
- Menos restrições legais no passado, embora isso esteja mudando
- Brechas regulatórias que alguns operadores aproveitam
Mulheres de diversos países foram levadas para o Camboja para participar de barrigas de aluguel. Uma empresa na Tailândia foi responsável por organizar suas acomodações e alimentação no Camboja. Essa operação transnacional destaca os desafios de controlar atividades de barriga de aluguel que acontecem em vários países.
Em 2016, o Camboja alterou suas leis em resposta ao aumento da prática de barriga de aluguel, após países como Tailândia, Índia e Nepal endurecerem suas regulamentações. No entanto, a possibilidade de ganho financeiro continua atraindo pessoas para essas atividades ilegais, criando dificuldade em distinguir quem é vítima e quem tem responsabilidade.
O tráfico de pessoas é um problema crescente no Camboja. O país é conhecido por golpes, incluindo fraudes online. Muitas vezes, pessoas que recebem promessas de bons empregos acabam em situações precárias. Isso se assemelha à condição de mulheres no comércio de barriga de aluguel, que esperam melhorar suas condições financeiras, mas acabam envolvidas em atividades ilegais.
Autoridades do Camboja deportaram onze mulheres que não estavam grávidas e acusaram os envolvidos em esquemas de barriga de aluguel. No entanto, são necessárias mais ações para pôr fim a essas práticas. É essencial monitorar de perto as agências e cooperar internacionalmente para enfrentar esse problema.
Este evento levanta questões éticas importantes sobre como os corpos das mulheres e os direitos das crianças são tratados na gestação por substituição. É essencial que os países revisem suas leis sobre gestação por substituição para garantir a proteção de todos e considerar o impacto dessas práticas na sociedade a longo prazo. Isso destaca a necessidade urgente de estabelecer regras claras e justas para gerenciar a gestação por substituição de forma global.
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