Estudo: pesquisa com cérebros de aranhas traz revelações sobre Alzheimer em humanos.

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Por Alex Morales
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Ilustração de cérebro de aranha com moléculas de Alzheimer.

São PauloCientistas do Saint Michael’s College e da Universidade de Vermont investigaram a doença de Alzheimer e descobriram pistas sobre seu desenvolvimento no cérebro humano. Eles identificaram um sistema que elimina resíduos das células cerebrais. Nas pessoas com Alzheimer, esse sistema pode inchar excessivamente, levando à degradação do tecido cerebral.

Estudo sugere semelhanças entre degeneração cerebral em humanos e aranhas

A pesquisa sugere que o processo de degeneração cerebral em humanos pode ser semelhante ao que ocorre em determinadas espécies de aranhas. O estudo destaca uma possível relação entre a forma como aranhas e humanos eliminam o lixo celular em seus neurônios. Isso pode fornecer novos insights sobre os processos biológicos envolvidos na doença de Alzheimer. Os pesquisadores propõem que, ao estudar esses mecanismos celulares básicos, possamos encontrar novas maneiras de tratar a doença.

Elementos essenciais revelados pelo estudo incluem:

  • Sistema de Canal para Resíduos: Parte recém-identificada do cérebro responsável por internalizar e eliminar resíduos.
  • Anormalidades Estruturais: Possível causa de neurodegeneração, associada a inchaço e falha na eliminação de resíduos.
  • Desenvolvimento de Medicamentos: Abre novas possibilidades para drogas que visam anormalidades estruturais no cérebro.

Cientistas acharam o estudo interessante porque os cérebros das aranhas possuem neurônios maiores, facilitando o estudo. Com isso, descobriram um sistema que lida com resíduos no cérebro das aranhas. Eles também observaram que esse sistema é semelhante ao encontrado em cérebros humanos, o qual pode falhar sob estresse, causando danos às células cerebrais. Essa descoberta pode ser importante para o estudo de doenças cerebrais, como o Alzheimer.

Rede Biomédica de Vermont Impulsiona Pesquisa Colaborativa

A Rede Biomédica de Vermont apoia um estudo que ressalta a colaboração entre diversas áreas e instituições. Os resultados dessa pesquisa podem ser significativos tanto para pesquisadores quanto para empresas farmacêuticas que trabalham com Alzheimer. O estudo demonstra como a pesquisa entre diferentes espécies pode ajudar a identificar padrões biológicos comuns.

Estudiosos acreditam que entender como aranhas e humanos experimentam problemas nervosos pode auxiliar na solução de doenças humanas. Ao investigar diferentes sistemas animais, cientistas podem descobrir métodos comuns para tratar distúrbios nervosos complexos, abrindo caminho para novas ideias na ciência médica.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1002/cne.70000

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Ruth Fabian‐Fine, Adam L. Weaver, Abigail G. Roman, Melanie J. Winters, John C. DeWitt. Myelinated Glial Cells: Their Proposed Role in Waste Clearance and Neurodegeneration in Arachnid and Human Brain. Journal of Comparative Neurology, 2024; 532 (11) DOI: 10.1002/cne.70000
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