Avanço revolucionário na impressão 3D de eletrônicos funcionais acessíveis e sustentáveis

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Por João Silva
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Impressora 3D criando um protótipo de circuito eletrônico intrincado.

São PauloPesquisadores do MIT avançaram na área de eletrônicos impressos em 3D ao desenvolver fusíveis que podem ser reiniciados sem usar semicondutores tradicionais. Esses novos componentes são criados com impressoras 3D comuns e utilizam um polímero biodegradável misturado com nanopartículas de cobre. Esse avanço aponta para um futuro onde a produção de eletrônicos possa ocorrer sem a necessidade de salas limpas.

A impressão 3D oferece diversas vantagens. Ela pode reduzir custos, pois utiliza materiais e equipamentos fáceis de encontrar. Essa tecnologia também torna a produção de eletrônicos mais acessível, especialmente em áreas remotas. Além disso, é mais sustentável, já que utiliza materiais biodegradáveis e diminui o consumo de energia e a geração de resíduos.

Pesquisadores do MIT buscaram criar um material impresso em 3D que imitasse o funcionamento dos dispositivos semicondutores tradicionais, que geralmente utilizam materiais como o silício. O silício é cuidadosamente projetado para fabricar transistores. De forma surpreendente, durante experiências com bobinas magnéticas, os pesquisadores descobriram um polímero que se comportava como um transistor, aumentando a resistência quando era aplicada uma corrente elétrica. Esse comportamento ocorreu devido a um polímero misturado com cobre, onde o aquecimento fez com que as partículas de cobre se dispersassem, resultando em maior resistência.

Esta descoberta indica a possibilidade de desenvolver componentes eletrônicos mais simples que não competem com os chips de silício avançados. Em vez disso, permite a criação de dispositivos eletrônicos básicos, como os utilizados para controlar motores. Embora essa tecnologia não atinja o tamanho microscópico dos transistores em escala nanométrica, devido às limitações da impressão por extrusão, ela é altamente eficaz em aplicações que necessitam apenas de funcionalidades simples.

A equipe do MIT acredita que essa tecnologia permitirá que mais pessoas criem dispositivos eletrônicos com facilidade. Eles desejam incorporar esse material em circuitos mais complexos e têm como objetivo imprimir dispositivos completos, como motores magnéticos, utilizando impressão por extrusão. Com o avanço dessa tecnologia, a eletrônica se tornará mais acessível, gerando mais oportunidades para a inovação de maneira sustentável e econômica.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1080/17452759.2024.2404157

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Jorge Cañada, Luis Fernando Velásquez-García. Semiconductor-free, monolithically 3D-printed logic gates and resettable fuses. Virtual and Physical Prototyping, 2024; 19 (1) DOI: 10.1080/17452759.2024.2404157
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