Estudo inédito: novas abordagens para doenças 'intratáveis' com degradação precisa de proteínas

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Por João Silva
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Proteínas sendo desmembradas em componentes moleculares menores.

São PauloCientistas da Universidade de Dundee avançaram no tratamento de doenças difíceis de serem alvejadas com medicamentos, como alguns tipos de câncer e distúrbios cerebrais. Eles estão utilizando substâncias chamadas degradadores de proteínas para entender melhor como as moléculas interagem, o que pode transformar o desenvolvimento de novos medicamentos. O Centro de Degradação Dirigida de Proteínas (CeTPD) lidera essa pesquisa, proporcionando insights detalhados sobre o funcionamento dos degradadores de proteínas.

Cientistas utilizaram uma técnica chamada microscopia crioeletrônica (cryo-EM) para avançar em suas pesquisas. Esse método permite que eles visualizem como biomoléculas se movem e interagem. Eles congelam rapidamente proteínas e utilizam um feixe de elétrons para capturar imagens detalhadas de como os medicamentos degradadores funcionam. Essas imagens de alta qualidade são então usadas por modelos de inteligência artificial para criar visualizações em 3D dessas interações. Esse processo ajuda os pesquisadores a compreender melhor como os degradadores de proteínas alvejam com precisão as proteínas responsáveis por doenças.

Compreender o funcionamento da degradação direcionada é essencial para desenvolver tratamentos eficazes. Este processo envolve:

  • Capturando proteínas causadoras de doenças.
  • Direcionando essas proteínas para os sistemas celulares de reciclagem.
  • Utilizando moléculas de ubiquitina para marcar proteínas que devem ser destruídas.
  • Assegurando a eficiência da degradação através do posicionamento ideal das proteínas.

Degradador de proteínas MZ1: inovação promissora no combate a doenças O degradador de proteínas MZ1, desenvolvido em Dundee, demonstra como essas moléculas podem sinalizar proteínas para destruição. Esse processo de marcação é crucial, pois elimina proteínas danificadas das células e impede o agravamento de doenças. Compreender onde essas marcas são adicionadas nos ajuda a desenvolver tratamentos que visam melhor essas proteínas.

Cientistas em Dundee apresentaram descobertas que correspondem aos resultados de outros especialistas. Pesquisas realizadas por bioquímicos do Instituto Max-Planck e da Universidade de Nevada, em Las Vegas, também corroboram esses resultados. Juntas, essas iniciativas nos ajudam a compreender como as células funcionam, o que é crucial para o desenvolvimento de novos medicamentos no futuro.

Mais de 50 degradadores de proteínas estão em fase de testes e podem resultar em novos tratamentos para doenças que antes eram difíceis de tratar. Essa pesquisa é crucial, pois oferece esperança a pacientes com poucas opções de tratamento e avança na direção de tornar a medicina mais precisa. À medida que os cientistas exploram mais esses processos, a chance de desenvolver novos medicamentos se torna cada vez mais real.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1126/sciadv.ado6492

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Charlotte Crowe, Mark A. Nakasone, Sarah Chandler, Conner Craigon, Gajanan Sathe, Michael H. Tatham, Nikolai Makukhin, Ronald T. Hay, Alessio Ciulli. Mechanism of degrader-targeted protein ubiquitinability. Science Advances, 2024; 10 (41) DOI: 10.1126/sciadv.ado6492
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