Líderes da OTAN debatem futuro crucial em Washington

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Por Ana Silva
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Bandeiras e logotipo da OTAN do lado de fora do prédio do local da cúpula

São PauloLíderes da OTAN se reúnem em Washington para uma cúpula de três dias. O encontro conta com a participação de líderes de 32 países membros da OTAN para discutir questões cruciais. Veja o que acompanhar:

  • Atuação do Presidente Biden
  • Novo Primeiro-Ministro britânico Keir Starmer
  • Instabilidade política na França
  • Resistências da Hungria e Turquia
  • Apoio à Ucrânia
  • Preocupações com a China

Presidente Biden enfrenta críticas por seu desempenho recente em debates e sua campanha para reeleição. Ele afirma que sua atuação na cúpula mostrará sua capacidade de liderança. Especialistas e diplomatas estão acompanhando de perto, mesmo reconhecendo que a OTAN não pode influenciar as eleições nos EUA. A eleição norte-americana é crucial para a OTAN, especialmente se Trump voltar ao poder. Trump já questionou o apoio dos EUA à OTAN e à Ucrânia, o que preocupa os líderes europeus.

O Primeiro-Ministro britânico Keir Starmer participa pela primeira vez da cúpula após uma grande vitória eleitoral. Ele apoia a OTAN e a Ucrânia, mas a ascensão de grupos de extrema-direita e esquerda no Reino Unido pode reduzir seu poder. O presidente francês Emmanuel Macron também enfrenta dificuldades políticas. Seu governo não obteve a maioria no parlamento, e a extrema-direita, que questiona a OTAN, conquistou mais assentos.

Hungria e Turquia são os últimos membros da OTAN a aprovar a entrada da Finlândia e Suécia. O líder húngaro Viktor Orban se encontrou recentemente com Putin, levantando preocupações. O líder turco Recep Tayyip Erdogan mantém boas relações com a Rússia. Essas ações dificultam a tomada de decisões da OTAN, pois é necessário o consenso de todos os membros.

Desde a invasão da Rússia na Ucrânia em 2022, a OTAN tem se fortalecido. Com a adesão da Finlândia e da Suécia, o número total de membros agora é 32. Os países da Europa Oriental e Central próximos à Rússia aumentaram seu apoio à Ucrânia e à OTAN. No entanto, problemas políticos em alguns países membros podem dificultar decisões futuras. Os líderes da OTAN provavelmente continuarão a apoiar a ideia de que qualquer país que atenda aos critérios pode se juntar. Mas a Ucrânia não será convidada a aderir enquanto ainda estiver em conflito com a Rússia.

A OTAN está incentivando seus membros a investirem mais em defesa. Trump criticou os países que não estão gastando 2% do seu PIB em defesa. A cúpula mostrará que 23 membros da OTAN agora cumprem essa meta, e mais países devem seguir o exemplo. Esse aumento nos gastos apoia a Ucrânia.

Muitos países da OTAN firmaram acordos de segurança com a Ucrânia para fornecer ajuda a longo prazo. Recentemente, o Congresso dos EUA eliminou atrasos na ajuda militar americana, permitindo a liberação de um novo pacote bilionário. A Ucrânia deseja se juntar à OTAN, que inclui uma promessa de defesa mútua no Artigo 5. No entanto, a adesão é improvável durante o conflito atual. A OTAN oferecerá um caminho para a entrada futura da Ucrânia e prometerá mais apoio militar e econômico. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, ressaltou a importância de manter as contribuições em 43 bilhões de dólares por ano.

A Otan está dando atenção a ameaças da China, como a disseminação de desinformação e a venda de tecnologia para a Rússia. Os EUA têm criticado a China por ações que podem comprometer a segurança da Europa. Representantes da Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul participarão da cúpula para discutir a abordagem das ameaças chinesas no Mar do Sul da China.

A reunião da OTAN em Washington é crucial e trará diversos impactos.

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