Durians frescos da Malásia entram no mercado chinês após acordos

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Por Chi Silva
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Durian frescos com bandeiras da China e da Malásia ao fundo

São PauloEm breve, a China terá à disposição duriões frescos da Malásia. Isso se deve a um novo acordo comercial firmado durante a visita do Premier Li à Malásia. Antes disso, desde 2011, o país vendia polpa e pasta de durião para a China, e durião congelado desde 2018. Agora, a venda de duriões frescos trará novas oportunidades para a Malásia. O valor das exportações de durião congelado para a China aumentou de 170 milhões de ringgits (US$36 milhões) em 2018 para quase 1,2 bilhões de ringgits (US$255 milhões) no ano passado.

O comércio foi um tópico importante nas discussões, mas eles também abordaram as disputas no Mar do Sul da China. Os líderes concordaram que a China e os países do Sudeste Asiático deveriam resolver essas disputas por meio de diálogo e cooperação. Essa discussão ocorreu após um recente confronto entre Manila e Pequim sobre o território. Os EUA alertaram que devem defender as Filipinas.

A Malásia geralmente adota uma abordagem diplomática e raramente faz críticas à China. Essa estratégia contribui para a manutenção das relações econômicas. Durante a visita, outros acordos também foram firmados.

  • Investimento na economia digital e no desenvolvimento sustentável
  • Combate ao crime transnacional
  • Impulso à habitação e ao desenvolvimento urbano
  • Fortalecimento das trocas em educação superior, ciência e tecnologia
  • Promoção do turismo e da cooperação cultural

O Ministro do Comércio, Zafrul Aziz, afirmou que a China tem sido o principal parceiro comercial da Malásia desde 2009, representando 17% do comércio total da Malásia, que no ano passado atingiu US$ 98,8 bilhões. O Primeiro-Ministro, Anwar, visitou a China duas vezes no ano passado e deseja fortalecer os laços com a China, ao mesmo tempo em que mantém relacionamentos importantes com os EUA.

Antes da visita de Li, Anwar declarou que a Malásia planeja se juntar ao grupo BRICS. A adesão ao BRICS pode proporcionar à Malásia uma posição mais forte no cenário internacional. Os principais membros do BRICS são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Recentemente, o grupo adicionou Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Cerca de 40 outros países também manifestaram interesse em se juntar ao BRICS.

Li se reuniu com o Rei Sultan Ibrahim Iskandar e iniciou a construção do terminal da Linha Férrea da Costa Leste. Este projeto conecta a costa oeste da Malásia aos seus estados rurais do leste e é uma parte importante da iniciativa chinesa Cinturão e Rota. Li afirmou que essa linha ferroviária é o maior projeto de transporte de uma empresa chinesa fora da China. Ele também declarou que a China está disposta a colaborar com a Malásia em projetos ao longo da ferrovia para impulsionar o comércio, a logística e o turismo. Existe ainda a possibilidade de a linha férrea ser estendida até a Tailândia e, em seguida, até o sul da China.

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