Hong Kong critica projeto dos EUA que ameaça escritórios comerciais

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Por Chi Silva
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Horizonte de Hong Kong com sobreposição da bandeira americana.

São PauloSecretário de Hong Kong critica projeto de lei dos EUA que pode fechar escritórios comerciais

O Secretário de Comércio e Desenvolvimento Econômico de Hong Kong, Algernon Yau, criticou um novo projeto de lei do Congresso dos EUA que pode fechar os escritórios comerciais de Hong Kong em Washington, Nova York e São Francisco. A proposta recebeu forte apoio de ambos os partidos na Câmara dos Representantes e é vista como uma ação dos EUA para punir Hong Kong pela lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020.

Yau afirma que a lei ameaça o sistema jurídico de Hong Kong e apresenta uma visão distorcida da sua situação de direitos humanos. Ele menciona uma pesquisa da Câmara de Comércio Americana em Hong Kong, apontando que cerca de 70% de seus membros não enfrentaram problemas devido à lei de segurança. Contudo, a realidade indica que as tensões entre Hong Kong e outros países estão aumentando.

As principais disposições do projeto de lei são as seguintes:

  • Exigir que a Casa Branca reavalie a extensão de certos privilégios aos três Escritórios Econômicos e de Comércio dos EUA em Hong Kong.
  • Ordenar que o Secretário de Estado dos EUA determine se esses escritórios ainda merecem seus privilégios.
  • Se considerados não qualificados, os escritórios devem encerrar suas operações dentro de 180 dias após a determinação.

O deputado republicano Chris Smith, que preside a Comissão Executiva do Congresso sobre a China, afirma que a lei é crucial para apoiar o movimento pró-democracia em Hong Kong. Desde a implementação da lei de segurança nacional, muitos ativistas pró-democracia, como Jimmy Lai e Joshua Wong, foram presos. Isso gerou preocupações sobre a perda das liberdades prometidas quando Hong Kong voltou a fazer parte da China em 1997.

O governo de Hong Kong afirma que a lei de segurança nacional é necessária para a estabilidade da cidade, mas grupos internacionais e organizações de direitos humanos acreditam que ela restringe a liberdade de expressão e diminui a independência da cidade. Os EUA reagiram suspendendo os benefícios comerciais especiais de Hong Kong e sancionando importantes autoridades locais.

Anna Kwok, líder do Conselho de Democracia de Hong Kong em Washington, afirma que o projeto de lei é necessário para responsabilizar o governo de Hong Kong por supostas violações de direitos humanos. Diversos grupos pró-democracia concordam, destacando a crescente pressão internacional sobre Hong Kong.

Em maio, um gerente no escritório de comércio de Hong Kong em Londres e outras duas pessoas foram acusadas de ajudar o serviço de inteligência de Hong Kong. Oficiais chineses afirmaram que essas acusações são falsas. Devido a isso, os escritórios de comércio internacionais de Hong Kong estão sendo rigorosamente investigados.

Essa nova lei pode impactar as relações entre os EUA e a China, bem como as atividades internacionais de Hong Kong. Se o projeto de lei avançar e os EUA fecharem os escritórios comerciais, a China pode reagir com suas próprias ações, elevando as tensões diplomáticas.

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