Hamas recebe retorno positivo de mediadores sobre cessar-fogo em Gaza
São PauloHamas afirma que suas alterações ao mais recente plano de cessar-fogo dos EUA para Gaza foram bem recebidas pelos mediadores. Os mediadores dos EUA, Catar e Egito estão tentando resolver os impasses que bloquearam um acordo por meses. No entanto, ainda não está claro qual é a posição oficial de Israel sobre essas mudanças.
Hamas exige a retirada total das tropas israelenses de Gaza e o fim do conflito.
Israel busca neutralizar a influência militar e política do Hamas antes de encerrar o conflito. A guerra, que já dura quase nove meses, causou grandes danos em Gaza e obrigou a maior parte dos 2,3 milhões de residentes a fugir de suas casas, muitas vezes mais de uma vez. Restrições israelenses, combates contínuos e o caos dificultam a chegada de ajuda humanitária, resultando em ampla fome e preocupações com uma possível fome extrema. A ONU alerta para um risco potencial de genocídio em Gaza, uma alegação que Israel nega.
Em 7 de outubro, o Hamas realizou um ataque que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas no sul de Israel e na captura de aproximadamente 250 reféns. Desde então, ataques israelenses mataram mais de 38.000 pessoas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, sem especificar se eram combatentes ou civis.
Desenvolvimentos Recentes:
- Sete palestinos mortos na Cisjordânia durante operação militar israelense em Jenin
- Israel avalia a resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo em Gaza
- Irã realiza segundo turno das eleições presidenciais
Plano de Cessar-Fogo: Três Fases Cruciais
O plano de cessar-fogo é composto por três fases. Na primeira fase, com duração de 42 dias, as partes envolvidas negociarão os termos para a segunda fase. Na segunda fase, há a possibilidade de que o Hamas liberte todos os reféns homens restantes, enquanto Israel poderá soltar prisioneiros palestinos. Essas libertações ocorrerão apenas quando houver paz duradoura e as tropas israelenses tiverem saído de Gaza. Na terceira fase, será realizada a devolução dos corpos dos reféns.
O principal desafio nas negociações é como avançar da primeira fase para a segunda. O Hamas deseja um fim definitivo da guerra, enquanto Israel busca enfraquecer o poder militar e político do Hamas antes de concordar em encerrar o conflito.
Gestão de Gaza após a guerra gera controvérsias
O controle de Gaza após a guerra continua sendo um tema polêmico. O Hamas rejeita a ideia de trazer forças estrangeiras e insiste que apenas os palestinos devem governar Gaza. Os EUA sugeriram que países como Arábia Saudita, Jordânia, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Turquia poderiam ajudar a administrar Gaza após o conflito.
Líderes do Hamas se reuniram no Líbano com o Hezbollah e outros grupos militantes para discutir as negociações de cessar-fogo em andamento e questões recentes de segurança. Confirmaram que estão coordenando suas ações. Ismail Hanieh, líder político do Hamas, também teve um encontro com Mohammed Takkoush, líder do grupo militante sunita al-Jamaa al-Islamiya. Esses grupos têm realizado pequenos confrontos com as forças israelenses para aliviar a pressão sobre Gaza. Há preocupações de que tais ações possam escalar para um conflito maior na fronteira entre Líbano e Israel.
Em Jenin, sete palestinos morreram durante uma operação militar israelense. A ação tinha como objetivo um prédio onde militantes estavam escondidos. O exército israelense relatou tiroteios e um ataque aéreo contra terroristas armados. O Ministério da Saúde palestino confirmou as sete mortes, mas não deu detalhes sobre como ocorreram. O grupo militante Jihad Islâmica afirmou que quatro dos mortos eram seus membros.
A violência na Cisjordânia aumentou desde o início da guerra em Gaza. O Ministério da Saúde da Palestina informa que mais de 500 palestinos foram mortos por forças israelenses na Cisjordânia. Entre as vítimas estão transeuntes inocentes e pessoas atacadas por colonos judeus.
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