Doações caem 2,1% em 2023; crise preocupa ONGs

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
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Moedas caindo representando declínio em doações de caridade.

São PauloDoações para caridade caem 2,1% em 2023

Segundo o mais recente relatório da Giving USA, divulgado na terça-feira, as doações para caridade tiveram uma queda de 2,1% em 2023 ao considerar a inflação. O relatório aponta que menos americanos estão doando, o que tem preocupado as organizações sem fins lucrativos há anos.

Em 2023, as doações de indivíduos caíram 2,4%. A porcentagem total de doações de indivíduos diminuiu ligeiramente, passando de 67,4% em 2022 para 67,2% em 2023. Em 2013, quase uma década atrás, as doações de indivíduos representavam 73% do total. Outras fontes de doações em 2023 incluíram:

  • Fundações: 19% ($103,5 bilhões)
  • Doações Testamentárias: 8% ($42,7 bilhões)
  • Empresas: 7%

A economia foi um fator significativo para a queda nas doações. Rick Dunham, fundador da Dunham+Company, afirmou que os doadores contribuíram menos no ano passado devido à inflação e a seus próprios problemas financeiros. Una Osili, da Universidade de Indiana, concordou. Ela observou que, embora a economia tenha apresentado um desempenho melhor do que o esperado e o mercado de ações tenha crescido mesmo com a inflação, os preços elevados continuaram sendo um problema.

Organizações sem fins lucrativos, como a Feeding San Diego, enfrentaram dificuldades devido à inflação. Os preços dos alimentos subiram e mais pessoas precisaram de ajuda. Cinira Baldi, diretora de desenvolvimento e comunicação, afirmou que algumas pessoas se sentem sobrecarregadas e inseguros sobre sua capacidade de fazer diferença.

O levantamento também revelou variações entre diferentes causas beneficentes. Três causas tiveram leves quedas, enquanto outras apresentaram ganhos:

  • Serviços humanos: +1,7%
  • Meio ambiente e animais: +3,9%
  • Saúde: +4,4%
  • Artes, cultura e humanidades: +6,6%
  • Educação: +6,7%
  • Benefício público e sociedade: +7,2%
  • Doações para fundações: +10,8%

Organizações que beneficiam a sociedade pública e fundações foram as que mais registraram aumentos nas doações. Contudo, as contribuições para essas causas caíram 15% e 21%, respectivamente, de 2021 para 2022.

Famílias Ricas Impulsionam Setores Cruciais

Famílias abastadas tiveram um papel crucial no êxito de certos setores. Segundo Osili, essas famílias possuíam fortes finanças e acumularam bastante dinheiro antes de 2023. Ela destacou que as áreas onde essas famílias costumam fazer doações, como educação, artes e serviços públicos, se saíram muito bem.

A queda nas doações de caridade é decepcionante, mas há sinais de melhora. A pandemia e a alta inflação podem ter causado oscilações, mas parece que as coisas estão começando a estabilizar-se.

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