Guerra Israel-Hamas: Eid al-Adha expõe sofrimento em Gaza

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Por Bia Chacu
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Edifícios destruídos e escombros na paisagem urbana de Gaza.

São PauloEm breve, muçulmanos ao redor do mundo celebrarão o Eid al-Adha, uma importante festa islâmica. A celebração relembra a disposição do Profeta Ibrahim de sacrificar seu filho, Ismail, conforme relatado no Alcorão. As famílias costumam se reunir para orações, refeições e troca de presentes. No entanto, para muitos em Gaza, o Eid deste ano trará à memória a guerra contínua e seus impactos.

Antes da guerra, as famílias em Gaza comemoravam o Eid com alegria, reunindo-se para compartilhar refeições, trocar presentes e vestir suas melhores roupas.

  • Decorações coloridas
  • Doces e presentes para as crianças
  • Compra de carne ou abate de animais para compartilhar

Este ano é diferente. Gaza está fortemente danificada após confrontos intensos. A maioria dos 2,3 milhões de palestinos que vivem lá deixou suas casas. No dia 7 de outubro, o Hamas atacou Israel, matando 1.200 israelenses e fazendo 250 reféns. Em resposta, Israel lançou um grande ataque aéreo e terrestre.

A guerra resultou na morte de mais de 37.000 palestinos, segundo informações do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Grande parte da produção agrícola e de alimentos em Gaza está destruída. Atualmente, a população depende de ajuda humanitária, que frequentemente sofre atrasos devido às restrições impostas por Israel e à violência contínua.

Agências das Nações Unidas alertam que mais de um milhão de pessoas em Gaza podem enfrentar fome severa nas próximas semanas. No início de maio, o Egito fechou sua passagem de Rafah para Gaza depois que Israel assumiu o controle do lado palestino. Esta era a única saída de Gaza, de modo que nenhum habitante de Gaza poderá fazer a peregrinação anual à Meca este ano, que geralmente ocorre antes do Eid.

Iyad al-Bayouk, um criador de gado no sul de Gaza, afirmou que o bloqueio imposto por Israel resultou em grandes escassezes de gado e ração, elevando os preços. Algumas fazendas foram transformadas em abrigos.

Mohammed Abdel Rahim, alojado em uma antiga fazenda de gado, relatou condições difíceis. No inverno, era fedorento e cheio de insetos. Agora, com o solo seco pelo calor, está mais suportável.

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