Medicamento para diabetes pode aumentar a eficácia da quimioterapia contra câncer de pulmão resistente

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Por João Silva
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Medicamento para diabetes e quimioterapia visando células de câncer de pulmão.

São PauloUm estudo recente da Escola de Medicina da Universidade do Missouri revelou que um medicamento comum para tratar a dor neuropática diabética pode aumentar a eficácia da quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão. Esta é uma notícia promissora para pessoas com câncer de pulmão de não pequenas células (NSCLC), especialmente para aquelas cujas células cancerígenas não respondem bem aos tratamentos convencionais.

Pesquisadores descobriram que mais da metade dos pacientes com NSCLC não metastático enfrentam a recorrência do câncer devido a células resistentes. Tratamentos padrões como a quimioterapia frequentemente não são muito eficazes.

  • O estudo analisou 10 tumores de NSCLC, sendo 5 deles resistentes a medicamentos.
  • Pesquisadores identificaram uma superexpressão da enzima AKR1B10 nos tumores resistentes.
  • Foi descoberto que o medicamento epalrestate, usado para neuropatia diabética, pode reduzir essa resistência.
  • Epalrestate ainda não é aprovado pela FDA nos Estados Unidos, mas está em fase avançada de ensaios clínicos.
  • Existe a possibilidade de ser rapidamente aprovado como um medicamento anticâncer.

Epalrestat é um medicamento bem-tolerado e já utilizado em outros países para tratar problemas nervosos em diabéticos. Caso seja aprovado pelo FDA, ele poderá rapidamente se tornar uma opção mais acessível para o tratamento do câncer.

Este estudo contou com a participação de especialistas da MU, incluindo o Dr. Kanve Suvilesh e o Dr. Yariswamy Manjunath. Eles analisaram amostras de tumores e descobriram que a quimioterapia teve melhores resultados quando os tumores foram tratados com epalrestat.

A equipe de pesquisa da MU era composta por uma variedade de funções: cientistas, médicos, bioinformaticistas e especialistas em genômica. Entre os principais membros estavam o Dr. Raju Murugesan, do Instituto de Ciência de Dados e Informática da MU, e o Dr. Wesley C. Warren, professor de genômica. O trabalho conjunto deles fortaleceu as descobertas. Além disso, a colaboração de outros professores da MU, como o Dr. Akhil Srivastava, professor assistente de biologia do câncer, e o Dr. Satyanarayana Rachagani, professor associado de Medicina Veterinária e Cirurgia, também acrescentou valor ao estudo.

Esta descoberta pode transformar o tratamento do câncer de pulmão pelos médicos. A quimioterapia convencional pode ser mais eficaz, ajudando mais pacientes a evitar a recorrência do câncer. Com o prosseguimento dos testes e a possível aprovação pela FDA, o uso de epalrestat no tratamento do câncer de pulmão pode acontecer em breve.

Epalrestat pode se tornar um tratamento promissor para pessoas com câncer de pulmão, especialmente quando outros tratamentos não são eficazes.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1158/1078-0432.CCR-23-3980

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Kanve N. Suvilesh, Yariswamy Manjunath, Yulia I. Nussbaum, Mohamed Gadelkarim, Murugesan Raju, Akhil Srivastava, Guangfu Li, Wesley C. Warren, Chi-Ren Shyu, Feng Gao, Matthew A. Ciorba, Jonathan B. Mitchem, Satyanarayana Rachagani, Jussuf T. Kaifi. Targeting AKR1B10 by drug repurposing with epalrestat overcomes chemoresistance in non-small cell lung cancer patient-derived tumor organoids. Clinical Cancer Research, 2024; DOI: 10.1158/1078-0432.CCR-23-3980
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