Desigualdade na saúde de homens rurais e urbanos

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
- em
Paisagem rural com símbolos de saúde e horizonte da cidade.

São PauloHomens que vivem em áreas rurais enfrentam uma expectativa de vida menor e têm mais problemas de saúde à medida que envelhecem, em comparação com aqueles que moram nas cidades. Essa discrepância surge principalmente de diversos fatores que afetam quem vive no campo. A seguir estão os principais problemas:

Taxa Elevada de Fumo e Desafios na Saúde

  • Maior incidência de tabagismo
  • Crescimento na obesidade
  • Aumento das doenças cardiovasculares
  • Acesso restrito a profissionais de saúde
  • Envelhecimento populacional sem chegada proporcional de jovens

Estudo revela disparidade de saúde entre homens rurais e urbanos

Uma pesquisa do Centro Schaeffer da USC indica que homens com mais de 60 anos que vivem em áreas rurais têm uma expectativa de vida dois anos menor do que aqueles em áreas urbanas. Essa diferença triplicou nos últimos vinte anos. Além disso, eles desfrutam de quase dois anos a menos de boa saúde. Embora o nível de educação contribua para essa diferença, ele não a explica completamente. Mesmo que o nível educacional nas áreas rurais se igualasse ao das áreas urbanas, ainda haveria uma diferença significativa na saúde.

A necessidade de programas de saúde pública para apoiar pessoas em áreas rurais é urgente. Esses programas devem se concentrar na redução do tabagismo e no controle da obesidade. O combate às doenças cardíacas em regiões rurais pode beneficiar mais os idosos dessas áreas do que os das cidades. É fundamental que os hábitos de saúde mudem desde cedo para terem efeitos duradouros.

Abordar esse problema vai além das soluções de saúde. Existem também importantes questões sociais e econômicas a serem consideradas. Pessoas em áreas rurais muitas vezes têm menos oportunidades de emprego, o que gera mais estresse e piores resultados de saúde. Oferecer melhores opções de trabalho e melhorar a infraestrutura pode ajudar a manter os jovens nessas regiões, o que pode reduzir a escassez de cuidadores e criar um grupo etário mais equilibrado.

A falta de profissionais de saúde agrava a situação. Muitas áreas rurais têm dificuldade em reter médicos e equipe médica, o que limita o acesso a serviços básicos de saúde. Clínicas de saúde móveis e a telemedicina podem ajudar, oferecendo consultas e assistência remotas.

O aumento na disparidade de acesso à saúde entre áreas rurais e urbanas é impulsionado por hábitos de vida, escassez de serviços médicos e problemas econômicos. Para enfrentar esse desafio, é necessário mais do que soluções médicas; são precisas transformações sociais e econômicas que melhorem a qualidade de vida nas regiões rurais.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1111/jrh.12875

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Jack M. Chapel, Elizabeth Currid‐Halkett, Bryan Tysinger. The urban–rural gap in older Americans’ healthy life expectancy. The Journal of Rural Health, 2024; DOI: 10.1111/jrh.12875
Ciência: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário