Deportação de Crapser revela falhas no sistema de adoção coreana

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Por Alex Morales
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Bandeira da Coreia com papéis de adoção rasgados e uma mala.

São PauloA adoção de Adam Crapser ilustra as falhas nos regulamentos de adoção da Coreia do Sul e seu mau gerenciamento, uma vez que ele foi deportado dos Estados Unidos para a Coreia do Sul por não ter cidadania. Essa situação suscita preocupações sobre a possível má administração ou práticas incorretas das agências de adoção. Como consequência, discute-se a necessidade de regras e supervisão mais rigorosas para adoções internacionais. Além disso, destaca as dificuldades emocionais e culturais enfrentadas por adotados internacionais como Crapser.

A situação de Crapser destaca um problema significativo nas práticas de adoção coreanas do passado. No final dos anos 1970, o governo coreano implementou políticas para acelerar o processo de adoção como parte de um esforço para impulsionar a economia, reduzindo o número de crianças que precisavam de apoio estatal. Esses procedimentos de adoção frequentemente careciam de verificações adequadas, levando a práticas negligentes. As agências de adoção não eram obrigadas a garantir que adotados, como Crapser, obtivessem cidadania em seus novos países. Como resultado, muitos adotados foram colocados em risco e, no caso de Crapser, ele foi deportado anos mais tarde por não ter os documentos necessários.

Este problema é complexo por diversos motivos.

  • Falta de supervisão governamental no processo de adoção.
  • Falhas em garantir que os adotados recebam documentação essencial de cidadania.
  • Dissonância emocional e cultural vivenciada por adotados ao serem deportados.

Fracassos sistêmicos afetaram Crapser e muitos outros. Naquela época, a Coreia do Sul estava mais interessada em fortalecer relações econômicas e políticas com países ocidentais, descuidando do bem-estar das crianças enviadas para o exterior. O país vivia sob regime militar, o que facilitava o processo de adoção.

Adotado processa agência de adoção: uma luta por justiça

Adam Crapser, um adotado, entrou com uma ação legal contra a agência Holt, responsável por sua adoção, exigindo 200 milhões de won como indenização. Ele alegou que o processo de adoção foi mal conduzido, comparando-o a tráfico humano. Embora tenha obtido algumas vitórias judiciais, a maior parte de suas reivindicações foi negada, destacando as dificuldades que os adotados enfrentam ao tentar buscar justiça e responsabilizar as agências.

A experiência de Crapser evidencia a necessidade de leis rigorosas para regulamentar as adoções internacionais. Ela também destaca a importância de as crianças adotadas se sentirem emocional e culturalmente integradas às suas novas famílias, evitando assim situações difíceis. No futuro, adotados e seus apoiadores estão lutando por maior transparência e mudanças nas regras das adoções internacionais, garantindo que o bem-estar das crianças permaneça como prioridade.

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