Mensageiros celulares abrem novas fronteiras para diagnóstico avançado de câncer no sangue

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Por Chi Silva
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Partículas celulares destacando o caminho diagnóstico do câncer de sangue.

São PauloNova pesquisa revela uma ligação entre vesículas extracelulares e danos vasculares em cânceres

Pesquisas recentes descobriram uma nova ligação entre partículas pequenas liberadas pelas células, chamadas vesículas extracelulares (VEs), e danos aos vasos sanguíneos no câncer. Essa descoberta pode transformar a maneira como diagnosticamos e monitoramos doenças como a leucemia. Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram capturar imagens ao vivo da formação dessas VEs na medula óssea de camundongos, revelando como elas podem causar danos aos tecidos. Isso pode levar ao desenvolvimento de um exame de sangue que meça de forma mais precisa os danos aos tecidos em pacientes com câncer.

O estudo oferece perspectivas por meio de:

Técnicas de Imagem: Uso de microscopia de alta resolução para analisar microvesículas em células da medula óssea. Correlações de Níveis de EV: Análise da associação entre a presença de microvesículas no sangue e a gravidade de danos nos tecidos. Validação Entre Espécies: Sucesso comprovado em amostras de peixes, ratos e humanos.

Vesículas extracelulares são essenciais para a comunicação entre células, pois facilitam a transferência de proteínas, lipídios e material genético. O estudo dessas estruturas diminutas tem sido desafiador devido ao seu tamanho reduzido, mas novas tecnologias de imagem têm simplificado esse processo. Esse avanço está auxiliando os cientistas a entenderem melhor o desenvolvimento de doenças.

Monitorar veículos elétricos pode ir além de apenas identificar problemas. Tal prática permite que médicos desenvolvam planos de tratamento personalizados com base no nível de dano tecidual dos pacientes. Como os níveis de EVs indicam o progresso de uma doença, eles podem ajudar a determinar a intensidade e o tipo de tratamento necessário.

Essas descobertas podem revolucionar o tratamento do câncer, ao permitir o acompanhamento da doença sem a necessidade de cirurgia. Os métodos atuais frequentemente exigem biópsias, que podem ser arriscadas e desconfortáveis. O uso de um teste sanguíneo para verificar os níveis de EV é mais seguro e rápido, possibilitando monitoramento mais frequente e ajustes de tratamento mais ágeis.

Instituições como WEHI e o Centro de Pesquisa em Vesículas Extracelulares da La Trobe estão colaborando neste estudo. Essa parceria destaca a importância do trabalho em equipe na ciência. Ao compartilhar conhecimentos e recursos, os pesquisadores avançam na transformação de suas descobertas em ferramentas médicas úteis.

A descoberta de que as EVs estão envolvidas em danos teciduais pode revolucionar a forma como os médicos identificam e tratam o câncer. Com o avanço das pesquisas, os profissionais de saúde estão integrando essas descobertas na prática clínica, o que pode proporcionar melhores resultados para os pacientes.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s41467-024-52867-5

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Georgia K. Atkin-Smith, Jascinta P. Santavanond, Amanda Light, Joel S. Rimes, Andre L. Samson, Jeremy Er, Joy Liu, Darryl N. Johnson, Mélanie Le Page, Pradeep Rajasekhar, Raymond K. H. Yip, Niall D. Geoghegan, Kelly L. Rogers, Catherine Chang, Vanessa L. Bryant, Mai Margetts, M. Cristina Keightley, Trevor J. Kilpatrick, Michele D. Binder, Sharon Tran, Erinna F. Lee, Walter D. Fairlie, Dilara C. Ozkocak, Andrew H. Wei, Edwin D. Hawkins, Ivan K. H. Poon. In situ visualization of endothelial cell-derived extracellular vesicle formation in steady state and malignant conditions. Nature Communications, 2024; 15 (1) DOI: 10.1038/s41467-024-52867-5
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