Cientista aumenta proteína em plantas e combate a escassez

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Por Alex Morales
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Culturas geneticamente modificadas com maior teor de proteína.

São PauloAvanço na Ciência Agrícola Aumenta Proteína em Alimentos Um novo avanço na ciência agrícola está ajudando a resolver a escassez global de proteína. A pesquisa liderada por Ling Li, professor associado na Universidade Estadual do Mississippi, está focada em aumentar a quantidade de proteína em culturas essenciais como arroz e soja. Este trabalho é fundamental, já que muitas pessoas ao redor do mundo não consomem quantidade suficiente de proteína. A falta de proteína pode causar problemas de saúde, especialmente em crianças, que podem sofrer com dificuldades de aprendizado e problemas de crescimento. A pesquisa de Li tem o potencial de melhorar a produção e a distribuição de alimentos globalmente.

A pesquisa de Li se concentra em técnicas avançadas de edição genética. Ela utiliza um método para remover partes específicas do DNA não codificante, resultando em um grande aumento na produção de proteínas e na redução do teor de carboidratos. Essa melhoria eleva o valor nutricional e reduz a necessidade de obter proteínas de fontes animais. Como a pecuária possui um grande impacto ambiental, essa descoberta pode levar a hábitos alimentares mais sustentáveis.

  • Aumento nos níveis de proteínas nas plantações
  • Redução no teor de carboidratos
  • Potencial para mitigar os efeitos da desnutrição
  • Menor dependência de proteínas de origem animal

Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos EUA já aprovou esta pesquisa. As culturas editadas geneticamente de Li são classificadas como não regulamentadas, permitindo seu uso mais amplo na agricultura. Em breve, os agricultores poderão começar a plantar essas culturas melhoradas sem enfrentar regulamentos complexos, tornando-as disponíveis mais rapidamente para os mercados que delas precisam.

Impactos Ampliados do Aperfeiçoamento de Proteínas em Culturas

A pesquisa de Li tem impactos que vão além da alimentação. Cultivar plantas com maior teor de proteína pode transformar a agricultura mundial. Países que atualmente dependem da importação de proteínas animais por falta de recursos agrícolas poderiam se beneficiar. Eles teriam a possibilidade de cultivar culturas melhoradas localmente, reduzindo importações caras e prejudiciais.

Li trabalha em parceria com laboratórios de ponta na Universidade de Missouri e na Universidade de Minnesota, destacando uma rede de pesquisa robusta e em expansão. Essa colaboração pode aprimorar variedades de culturas e solucionar carências nutricionais. O método tem potencial para ser aplicado em diferentes espécies de plantas, criando novas oportunidades na agricultura.

Inovações como as de Li podem ajudar a mitigar os impactos das mudanças climáticas nos sistemas alimentares globais. O trabalho de Li permite que as culturas cresçam de forma mais eficiente e com menor impacto ambiental, fortalecendo o abastecimento alimentar mundial. Este trabalho importante destaca o valor da ciência genética para atender às necessidades humanas urgentes e incentiva progressos futuros em direção a um mundo mais saudável e sustentável.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1111/nph.20141

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Lei Wang, Seth O'Conner, Rezwan Tanvir, Wenguang Zheng, Samuel Cothron, Katherine Towery, Honghao Bi, Evan E. Ellison, Bing Yang, Daniel F. Voytas, Ling Li. CRISPR/Cas9-based editing of NF-YC4 promoters yields high-protein rice and soybean. New Phytologist, 2024 DOI: 10.1111/nph.20141
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