Recomeça envio de ajuda a Gaza de píer construído pelos EUA
São PauloAs entregas para Gaza foram retomadas a partir de um cais construído pelos EUA. Isso aconteceu no mesmo dia em que Israel realizou um grande ataque, resgatando quatro reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro. Um funcionário de saúde de Gaza afirmou que pelo menos 210 palestinos, incluindo crianças, morreram no ataque.
O Comando Central dos EUA afirmou nas redes sociais que o pier e seus recursos não foram utilizados na operação de resgate israelense. Israel usou uma área ao sul do pier para trazer os reféns de volta em segurança.
O exército dos EUA afirmou que o píer temporário na costa de Gaza foi construído para agilizar a chegada de ajuda necessária. A USAID destacou que nenhum trabalhador humanitário participou da operação israelense. Eles acrescentaram que os trabalhadores humanitários em Gaza enfrentam condições perigosas e devem ser protegidos. Os profissionais de ajuda humanitária seguem os valores de humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência.
O píer está reabrindo, permitindo que suprimentos essenciais cheguem aos palestinos afetados pela guerra entre Israel e Hamas. As restrições israelenses nas passagens terrestres e os combates incessantes tornaram muito difícil a entrada de suprimentos em Gaza. Os danos ao píer representavam um grande obstáculo na entrega de ajuda aos palestinos.
Nas águas turbulentas, três membros do serviço dos EUA ficaram feridos, um deles gravemente, e quatro barcos ficaram à deriva. Anteriormente, a entrega de ajuda foi atrasada quando multidões atacaram um comboio de caminhões, levando grande parte da carga antes de chegar a um armazém da ONU. As autoridades então mudaram as rotas de viagem para garantir que a ajuda chegasse aos necessitados. O Vice-Almirante Brad Cooper, vice-comandante do Comando Central dos EUA, disse aos repórteres que as lições aprendidas na primeira semana de operações o deixaram mais confiante em entregar mais ajuda agora.
O objetivo é transportar 1 milhão de libras de alimentos e suprimentos pelo porto para Gaza a cada dois dias. Até sábado, o Comando Central informou que cerca de 1,6 mil toneladas de ajuda foram entregues por via marítima.
Grupos de ajuda têm solicitado a Israel que permita a passagem de mais suprimentos por rotas terrestres. Israel afirma ter liberado a passagem de vários caminhões por um ponto de controle ao sul e culpa a ONU por não distribuir a ajuda. A ONU declara que muitas vezes não consegue acessar os suprimentos devido a questões de segurança.
Agências das Nações Unidas alertaram que mais de 1 milhão de pessoas em Gaza podem enfrentar fome severa até meados do próximo mês se o conflito continuar. O governo do presidente Joe Biden afirma que o programa de ajuda nunca foi planejado para ser a única solução, mas enfatiza que qualquer ajuda é útil.
O presidente Biden anunciou no início de março que o exército dos EUA iria construir um píer. Estimava-se que a obra levaria cerca de 60 dias para ser concluída e começar a ser utilizada. No entanto, demorou mais tempo, e os primeiros caminhões com ajuda utilizaram o píer no dia 17 de maio. O projeto foi inicialmente estimado em US$ 320 milhões, mas o Pentágono informou na semana passada que o custo final foi de US$ 230 milhões. Isso se deveu à ajuda da Grã-Bretanha e aos custos mais baixos do que o esperado para alugar caminhões e equipamentos.
Atualizações sobre o Movimento de Ajuda:
- O objetivo é transportar 1 milhão de libras de ajuda a cada dois dias.
- Aproximadamente 3,5 milhões de libras de ajuda já foram entregues.
- Três membros das forças armadas dos EUA se feriram durante as operações iniciais.
- As rotas terrestres continuam restritas, dificultando a entrega da ajuda.
- O custo do píer foi reduzido graças às contribuições britânicas.
Os esforços de ajuda humanitária continuam apesar do conflito em andamento. A situação permanece difícil, mas toda ajuda faz diferença para as pessoas em Gaza.
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