Jovens fluentes em inglês e adeptos de tecnologia impulsionam saúde digital no Brasil

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Por Chi Silva
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Smartphone com aplicativos de saúde e gráficos digitais.

São PauloFerramentas Digitais na Saúde: Desafios de Acesso

Ferramentas de saúde digital desempenham um papel crucial na assistência médica moderna, porém nem todos conseguem utilizá-las facilmente. Um estudo realizado na UC San Francisco revelou que fatores como idioma, nível educacional e idade influenciam o conforto das pessoas ao usarem essas tecnologias. A pesquisa focou nos cuidadores do UCSF Benioff Children's Hospitals, oferecendo informações valiosas sobre quem está mais apto a aproveitar as ferramentas digitais de saúde.

Pesquisadores descobriram que a facilidade de uso das ferramentas de saúde digital varia significativamente entre diferentes grupos. Algumas das principais conclusões incluem:

Título: Adaptação Tecnológica: Desafios e Perspectivas Diversas

Pessoas que falam espanhol em geral sentem-se menos à vontade com ferramentas digitais. Aqueles com ensino médio ou menos têm confiança significativamente menor em suas habilidades para utilizar essas tecnologias. Adultos mais velhos, especialmente os com mais de 45 anos, se mostram menos motivados e seguros ao usar ferramentas digitais, embora acreditem que poderiam se adaptar se necessário. Cuidadores em áreas rurais, por outro lado, demonstram maior motivação para utilizar serviços digitais e apresentam mais preocupações com a privacidade.

As tecnologias de saúde digital podem intensificar as desigualdades existentes. Pessoas que não estão à vontade com ferramentas digitais podem ter dificuldades em realizar tarefas simples, como agendar consultas ou acessar seus registros médicos. Esta questão vai além do acesso à tecnologia; é essencial garantir que todos, independentemente de sua origem, possam se beneficiar dos avanços na área da saúde.

O estudo revela que os jovens falantes de inglês são frequentemente os primeiros a adotar ferramentas digitais de saúde. É crucial compreender como esses jovens, familiarizados com a tecnologia, influenciam as tendências em saúde digital. Sua facilidade com o uso de tecnologia pode resultar em novas ideias e aumentar a demanda por plataformas de saúde de fácil acesso.

O desafio é garantir que essas ferramentas digitais sejam acessíveis a todos, especialmente para aqueles que não estão tão familiarizados com a tecnologia. Empresas e prestadores de serviços de saúde devem tornar essas ferramentas intuitivas. Isso pode ser feito simplificando seu uso, disponibilizando suporte em várias línguas e oferecendo materiais educativos.

É crucial dar atenção às questões de privacidade e segurança. Usuários mais jovens podem compartilhar seus dados online com facilidade, enquanto usuários mais velhos e com menos formação educacional podem se preocupar mais com isso. Implementar proteção de dados robusta e fornecer informações claras sobre privacidade pode ajudar a minimizar essas preocupações.

Para aproveitar ao máximo as ferramentas de saúde digital, é fundamental desenvolvê-las e utilizá-las de maneira inclusiva. Compreendendo os desafios enfrentados por diferentes pessoas, podemos criar soluções de saúde digital que sejam mais acessíveis e benéficas para todos.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1093/jamia/ocae305

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Steven Crook, Glenn Rosenbluth, David V Glidden, Alicia Fernandez, Chuan-Mei Lee, Lizette Avina, Leslie Magana, Kiana Washington, Naomi S Bardach. Variations in digital health literacy for pediatric caregivers of hospitalized children: implications for digital health equity. Journal of the American Medical Informatics Association, 2024; DOI: 10.1093/jamia/ocae305
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