Ruas da Venezuela clamam por liberdade enquanto tensão aumenta

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Por Alex Morales
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Bandeira venezuelana com arame farpado e símbolos econômicos.

São PauloTítulo: Protestos na Venezuela: Clamor por Liberdade Econômica

Linares teve que fechar sua loja de produtos de beleza em 2017 devido à crise. Agora, ela vende seus produtos apenas online. Ela está preocupada com seu filho de 17 anos, que acabou de terminar o ensino médio e está ansioso sobre seu futuro.

A eleição de 28 de julho é crucial. O partido atualmente no poder, que governa desde 1999 quando Hugo Chávez assumiu a presidência, enfrenta um grande desafio. Apesar de querer permanecer no comando por mais seis anos, seus apoiadores estão divididos e insatisfeitos devido à crise contínua. O estado de Barinas, tradicionalmente controlado pela família Chávez, é um ponto de grande interesse. A oposição quebrou a longa hegemonia da família Chávez no governo de 1998 a 2021 e está usando essa vitória para fortalecer sua campanha.

Durante a presidência de Chávez, ele prometeu usar o dinheiro do petróleo para ajudar os mais pobres da Venezuela. Ele aumentou os serviços sociais, como moradia e educação. O boom do petróleo trouxe cerca de US$ 981 bilhões entre 1999 e 2011. No entanto, corrupção, queda na produção de petróleo e políticas econômicas ruins causaram uma crise em 2012. Antes de morrer em 2013, Chávez nomeou Maduro como seu sucessor. O governo de Maduro tem impedido rivais de participar das eleições, alegando que são elitistas trabalhando com potências estrangeiras.

Governo impede Maria Corina Machado de ser candidata

O governo impediu Maria Corina Machado de se candidatar. Ela venceu a primária de outubro da coalizão Plataforma Unitária com mais de 90% de apoio. Agora, ela apoia González, um ex-embaixador sem experiência em cargos públicos. Nos comícios, as pessoas aplaudem González, mas ainda veem Machado como sua verdadeira líder.

A crise na Venezuela levou mais de 7,7 milhões de pessoas a deixarem o país. Em um comício recente, González pediu à multidão que levantasse a mão se tivesse familiares que haviam emigrado. A maioria das pessoas levantou a mão. Ele prometeu criar condições para o retorno dessas famílias.

Miguel Herrera, que trabalha como zelador escolar, está preocupado que suas filhas adolescentes deixem o país se Maduro for reeleito. Ele acredita que os eleitores podem escolher González, assim como fizeram com o governador da oposição em Barinas. Herrera deseja liberdade para seus filhos e que eles permaneçam na Venezuela. Ele também quer melhores serviços de saúde e públicos. “Não quero que minhas filhas vão para outro lugar”, disse Herrera. “Os políticos fizeram promessas, mas não as cumpriram. As pessoas perceberam isso e precisamos de uma mudança.”

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