Nova era em transplantes: aceitação de órgãos reinventada

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Por Alex Morales
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Partículas microscópicas rodeadas por um órgão luminoso.

São PauloTransplantes de órgãos podem salvar vidas, mas enfrentam grandes desafios, como a rejeição do órgão. Isso ocorre quando o sistema imunológico ataca o órgão transplantado por considerá-lo uma ameaça. Os tratamentos atuais geralmente suprimem o sistema imunológico, o que aumenta o risco de infecções, ou tentam acostumar o corpo ao novo órgão. Um novo método busca evitar esses problemas alterando o sistema imunológico, com foco em células mieloides. Evan Scott e sua equipe da Universidade da Virgínia estão liderando essa abordagem.

Estudos recentes indicam que a nanotecnologia pode alterar a resposta do sistema imunológico. A pesquisa de Scott utiliza partículas minúsculas, chamadas nanopartículas, para ajudar o corpo a aceitar órgãos transplantados sem a necessidade de medicamentos que suprimem o sistema imunológico por longos períodos. Esse método diminui os efeitos colaterais e mantém o sistema imunológico funcionando adequadamente. Pontos importantes da pesquisa incluem:

  • Nanopartículas como veículos de entrega: Utilizadas para levar medicamentos diretamente às células-alvo, aumentando a eficácia dos tratamentos.
  • Células mieloides como alvo: Esses glóbulos brancos podem se transformar em células de ataque imunológico, sendo cruciais em casos de rejeição de órgãos.
  • Proteína HIF-2α: Considerada uma inovação, sua presença auxilia na aceitação de células transplantadas.
  • Alvo no baço: Ao direcionar nanopartículas para o baço, pesquisadores conseguem modificar de forma eficaz as células mieloides circulantes.

Novas Possibilidades de Tratamentos Médicos com Células Mieloides

Esta pesquisa vai além dos transplantes. Ao focar nas células mieloides, podemos descobrir novos métodos para tratar doenças como diabetes e problemas autoimunes. As células mieloides são versáteis e oferecem vantagens para tratamentos médicos. Trabalhando diretamente com essas células, podemos desenvolver tratamentos mais precisos e menos dolorosos.

A pesquisa do Dr. Scott busca tornar os procedimentos de transplante mais seguros. Utilizando pequenas partículas chamadas nanopartículas, é possível controlar melhor o sistema imunológico. Esse método pode diminuir a necessidade de medicamentos imunossupressores e melhorar a qualidade de vida de quem recebe transplantes.

Evan Scott é o líder do Instituto de Pesquisa Avançada em Nanotecnologia da UVA, e seu trabalho tem o potencial de revolucionar a ciência. Seus estudos podem ajudar o sistema imunológico a distinguir entre ameaças reais e substâncias inofensivas, mantendo sua eficácia. Isso pode transformar a forma como compreendemos os transplantes de órgãos e problemas do sistema imunológico, abrindo novas oportunidades para a medicina.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1073/pnas.2319623121

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Matthew DeBerge, Samantha Schroth, Fanfan Du, Xin Yi Yeap, Jiao-Jing Wang, Zheng Jenny Zhang, Mohammed Javeed Ansari, Evan A. Scott, Edward B. Thorp. Hypoxia inducible factor 2α promotes tolerogenic macrophage development during cardiac transplantation through transcriptional regulation of colony stimulating factor 1 receptor. Proceedings of the National Academy of Sciences, 2024; 121 (26) DOI: 10.1073/pnas.2319623121
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