Chefe da ONU pede ajuda financeira urgente para nações vulneráveis
São PauloAjuda financeira aos países pobres deve ser prioridade nas negociações climáticas, diz líder da ONU
O chefe das próximas negociações climáticas afirmou que fornecer auxílio financeiro para países pobres e atingidos por desastres deve ser o principal objetivo da reunião climática da ONU deste ano. Mukhtar Babayev, ministro da Ecologia do Azerbaijão e líder das negociações de novembro em Baku, destacou que essa é uma questão urgente. Ele declarou: “Perder tempo significa perder vidas, empregos e danificar o planeta.”
Simon Stiell, principal autoridade climática da ONU, falou de sua cidade natal Carriacou, em Granada, afetada por um furacão, ressaltando a necessidade urgente de enfrentar as mudanças climáticas. Ele destacou que o Furacão Beryl destruiu ou causou sérios danos em 98% das casas em Carriacou. Além disso, mencionou que o clima extremo se tornou uma experiência comum em várias partes do mundo. Este ano, ondas de calor causaram milhares de mortes na Índia e na Arábia Saudita, enquanto o calor extremo deixou milhões sem eletricidade no Texas.
Stiell afirmou que a crise climática em curso pode gerar danos econômicos de $38 trilhões por ano. Isso dificultaria para os países mais pobres gerenciar suas dívidas e melhorar seus sistemas de educação e saúde.
Título envolvente: Países Ricos Vão Debater Novo Acordo de Ajuda Financeira para Nações Pobres
Em novembro, países ricos debaterão um novo acordo de ajuda financeira para as nações mais pobres. Em 2009, as nações abastadas prometeram destinar US$ 100 bilhões por ano até 2020 e atingiram esse objetivo no início deste ano. No entanto, em sua carta, Babayev afirmou que são necessárias mais ações. As reuniões na Alemanha, que ocorreram em junho, não avançaram o suficiente em direção a um novo acordo financeiro.
Babayev está organizando uma reunião no Azerbaijão ainda este mês para unir negociadores climáticos globais e impulsionar novos compromissos financeiros. Ele acredita que o Azerbaijão pode conectar países ricos e pobres, mas todos devem estar dispostos a participar rapidamente.
Negociadores experientes da Dinamarca e do Egito foram selecionados para estabelecer uma nova meta de ajuda financeira. Esse objetivo visa ajudar países pobres a se recuperarem de desastres climáticos e a reduzirem suas dívidas.
Esses anúncios indicam que precisamos agir urgentemente e colaborar globalmente. Os danos em Granada exemplificam o que pode ocorrer se não enfrentarmos as mudanças climáticas. É crucial que os países mais vulneráveis recebam ajuda financeira imediata para se adaptar e se recuperar. Nações mais ricas, que historicamente poluíram mais, têm uma responsabilidade maior. A próxima cúpula climática no Azerbaijão pode representar um grande avanço se todos os países envolvidos estiverem realmente comprometidos.
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