Enviado dos EUA visita Beirute após intensificação dos ataques na fronteira

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Por Ana Silva
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Cerca fronteiriça com fumaça subindo ao fundo.

São PauloAmos Hochstein, um conselheiro sênior do presidente dos EUA, Joe Biden, reuniu-se com autoridades em Beirute na terça-feira para buscar uma solução diplomática e evitar uma guerra maior. Os ataques transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah aumentaram desde que a guerra em Gaza começou em outubro. A situação se agravou na semana passada quando Israel matou um comandante de alto escalão do Hezbollah.

Amos Hochstein se reuniu com autoridades libanesas com urgência. Ataques transfronteiriços entre Israel e Hezbollah tornaram-se comuns. Os ataques do Hezbollah aumentaram após a morte de um de seus principais comandantes. Milhares de pessoas de ambos os lados tiveram que abandonar suas casas. Os bombardeios israelenses no Líbano mataram mais de 400 pessoas, muitas das quais eram militantes.

O Hezbollah começou a atacar Israel após o início da guerra entre Israel e Hamas em 7 de outubro. A maior parte dos combates ocorre perto da fronteira. O conflito tem se intensificado recentemente. Ataques israelenses já mataram mais de 400 pessoas no Líbano, em sua maioria combatentes do Hezbollah, mas pelo menos 70 eram civis. No norte de Israel, 16 soldados e 11 civis foram mortos.

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu seu gabinete de guerra há uma semana. Benny Gantz, ex-chefe militar e parceiro importante, deixou o gabinete por estar insatisfeito com a condução da guerra. O conflito contra o Hamas em Gaza já resultou na morte de mais de 37.100 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A guerra também interrompeu o fornecimento de alimentos, medicamentos e outros suprimentos aos palestinos.

A decisão de Netanyahu ocorreu após uma semana de intensos combates. O Hezbollah enviou centenas de drones e foguetes. O exército israelense respondeu atingindo alvos do Hezbollah. Ambos os lados fizeram uma breve pausa, possivelmente devido ao feriado muçulmano Eid al-Adha.

O enviado dos EUA, Amos Hochstein, afirmou que o conflito é muito grave. Ele pediu ao Hamas que aceitasse um cessar-fogo e um acordo de troca de reféns apoiados pelos EUA. Hochstein acredita que isso poderia também encerrar o conflito no Líbano. Ele visitou Israel no dia anterior e se reuniu com o Presidente do Parlamento Libanês, Nabih Berri, que é um elo importante entre Washington e o Hezbollah.

A Suprema Corte de Israel discutiu na terça-feira uma lei que concede ao Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, mais poder sobre a polícia. Ben-Gvir foi condenado oito vezes por crimes, incluindo racismo e apoio a um grupo terrorista judaico. Como ministro, ele tem apoiado a atuação rigorosa da polícia contra manifestantes e defendido policiais acusados de uso excessivo de força. Críticos afirmam que a lei dá a Ben-Gvir controle excessivo sobre as investigações policiais.

Um tribunal israelense já havia emitido uma ordem temporária impedindo Ben-Gvir de interferir em investigações. Na segunda-feira, a polícia em Jerusalém foi criticada por suas ações severas contra manifestantes que pediam eleições antecipadas. Vários manifestantes ficaram feridos, incluindo uma médica voluntária que foi atingida no rosto por um canhão de água e pode perder a visão. A polícia afirmou que quatro oficiais também ficaram feridos durante o protesto.

Amos Hochstein está trabalhando para usar a diplomacia e impedir que uma guerra maior aconteça. O conflito entre Israel e Hezbollah está se intensificando. Netanyahu encerrou seu Gabinete de Guerra após a saída de alguns membros importantes. Hezbollah e Israel estão trocando tiros quase todos os dias. A Suprema Corte de Israel está analisando uma lei controversa sobre fiscalização da polícia.

A situação permanece complicada e instável. Diplomatas estão se empenhando incessantemente para encontrar uma solução.

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