Crise política: Coreia do Sul tenta impeachment de Yoon após tensões

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Por João Silva
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Prédio do parlamento sul-coreano com placas de protesto.

São PauloA Coreia do Sul passou por um significativo evento político quando o Presidente Yoon Suk Yeol declarou temporariamente lei marcial. Essa decisão foi criticada por muitos, incluindo a Assembleia Nacional, que a consideraram inconstitucional. Apesar de ter durado apenas seis horas, a declaração aumentou as tensões políticas no país.

O Partido Democrata, juntamente com outras pequenas forças de oposição, está tentando abrir um processo de impeachment contra o presidente Yoon. Eles alegam que a declaração de lei marcial foi uma grave violação da constituição. Até mesmo alguns membros do próprio Partido do Poder do Povo de Yoon discordam dele e se opõem à declaração. Essa cooperação incomum revela uma insatisfação crescente com a liderança de Yoon.

Detalhes importantes vieram à tona nos eventos recentes.

A Assembleia Nacional anulou a declaração de lei marcial com uma votação de 190 a 0. Para que o presidente Yoon seja destituído, é necessário o apoio de pelo menos 200 dos 300 membros da Assembleia. Caso Yoon seja destituído, o primeiro-ministro Han Duck-soo assumiria as responsabilidades presidenciais até que o Tribunal Constitucional tomasse uma decisão. Atualmente, no entanto, o Tribunal Constitucional precisa urgentemente preencher vagas para ter o quórum necessário e avaliar um caso de impeachment.

Declaração de lei marcial na Coreia do Sul revive memórias

A declaração da lei marcial fez os sul-coreanos relembrarem o passado, quando governos militares a utilizavam para conter protestos. Soldados armados tentaram impedir a entrada na Assembleia Nacional, enquanto helicópteros militares sobrevoavam, surpreendendo muitos e trazendo à tona lembranças de tempos anteriores à democracia, conquistada no final dos anos 1980. Apesar dessas ações para impor a lei marcial, não houve violência significativa contra os manifestantes.

A instabilidade política impactou os mercados financeiros da Coreia do Sul, levando o índice Kospi a cair neste período de incerteza. Essa situação afeta tanto a estabilidade interna do país quanto a percepção global da força da Coreia do Sul como uma democracia.

O prefeito de Seul, Oh Se-hoon, junto com outros líderes políticos, está clamando por uma investigação para identificar os responsáveis por prejudicar os processos democráticos. Este cenário pode transformar a dinâmica política na Coreia do Sul e influenciar a liderança e a governança futuras. Enquanto o país enfrenta esses desafios, a atenção continua voltada para a reconstrução e o fortalecimento de suas instituições democráticas.

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